Hoje vamos falar sobre as cantoras dos
anos 90 que reinaram na música gospel durante anos e anos, e hoje elas estão no
olho dono furacão da era digital, e a pergunta que eu sinto no meu espírito de
fazer é "Será que elas vão sobreviver?".
Voltando aos anos de 2007, tínhamos a
Marina de Oliveira (dona do império que Cassiane levantou com as próprias mãos
e ralou até estourar sua verruga em prol do bolso dos Oliveira). Ela voltava ao
cenário gospel depois de 5 anos calada (calada pra gravar CD, mas continuava
berrando com seu mega fone no ouvido da produção dos clipes da MK), só que as
coisas mudaram, meus amigos de casa. Marina não era mais a "Madona do
gospel", aquela pioneira que gravou axé gospel, que foi na Xuxa (pra
tentar quebrar o pacto da rainha dos baixinhos), que lotou casas de show do
Brasil, com sua gritaria ensurdecedora e sua participações no vocal de cantores
subordinados a ela (Rosnada de Cachorro Nascimento não fala com Marina até
hoje, depois do papelão na introdução de "Santo, santo, santo").
Ela voltou e lançou 3 CDs e um 1 DVD, e
somando as vendas dos três conseguiu vender menos que a tecpix, a filmadora
mais vendida do Brasil. E a zombaria era que Marina era a flopada, que não
vendia nem água com a foto dela, que não adiantava mais tentar que não iria
conseguir voltar aos status de "Madona do gospel". Na época que isso
ocorreu, as rainhas de vendas eram: Eyshilinha, Fernanda Brum, Aline Sangalo
Barros, Cassineide, Rosnada de Cachorro Nascimento, Toque na Arca (era uma confusão
desgraçada essa banda)....
E o tempo passou....
Estamos em 2020!!! O ano em que CDs
estão quase extintos no meio gospel (o público secular é mais fiel que o
público gospel), o ano em que tudo é "plataforma digital" (tio
Maurício é o ante cristo dessa nova fase)... E temos novos reis e rainhas da
música gospel, e vou falar os nomes deles (pega caneta pra anotar): Morada
(amo), Alessandro Villas Boas (amo), Casa Worship (amo), Priscilla Alcântara
(em Cristo, eu até amo), Gabriela Rocha (grita muito)....
E as rainhas do gospel dos anos 90 e
2000 estão fazendo curso com a Gretchen, porque elas vão ter que rebolar pra
conseguir seu espaço no gospel digital. A praga da Marina de Oliveira caiu
sobre elas? A grande maioria tem números imensos de visualizações em vídeos
antigos que nem são do seu canal oficial (a pirataria não acabou, só mudou de
endereço), mas em seus vídeos atuais está difícil cravar pelo menos 5 milhões
de visualizações. Uma vez, eu, bem valadete, cheio de soberba, cheguei num
adolescente gospel worship da calça colada e falei "Sabia que o CD
"Preciso de Ti" é o mais vendido do gospel? Ele vendeu 2 milhões de
cópias". O adolescente criado com 4 acordes e uma frase repetida 45 vezes,
olhou pra mim e disse: "2 milhões é um canal pequeno hoje em dia".
Foi aí que me caiu a ficha, que os discos de ouro das nossas rainhas não valiam
mais nada. Sábia foi a Liz Lanne que lutou anos e anos pra sempre se manter
abaixo da linha de vendas e nunca ganhar um disco de ouro, ela já sabia que no
futuro eles valeriam menos que as coletâneas sem vergonha da MK.
Será que teremos uma reviravolta dessas
cantoras no cenário digital? Será que voltarão aos status de estrelas do
gospel, ou vão ficar todas cada vez mais apagadas até sumirem de vez?
Cassineide já estava louca pra largar tudo, a Leoa estavam chorando na live de
1 ano atrás falando que não fazia mais sucesso...
Texto por: Irmão Jackson do Poder [@KaiqueJackson2009]
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