CHÁ ROUGE 2022 - MILITÂNCIA, LGBTQIA+, PUTARIA E DROGAS - 'EI, BOLSONARO, VAI TOMAR NO C*!'
CHÁ ROUGE 2022
MILITÂNCIA, LGBTQIA+, PUTARIA E DROGAS
'EI, BOLSONARO, VAI TOMAR NO C*!'
O Grupo Rouge se
apresentou do dia 10/12/2022 (sábado) para o dia 11/12/2022 (domingo) no Via
Parque Shopping (Qualistage). Cheguei ao local por volta das 22 horas, entrei
na fila, e lá fiquei até 22h40min em pé aguardando. Abriram os portões,
consegui entrar às 23h. Minha prima e eu achamos um local bom para assistir ao
show e lá ficamos no meio da arena. Vi um senhor vendendo água, e comprei – R$8,00
uma garrafinha. Senhor! Além do copo com a foto do Grupo Rouge, que custou
R$15,00. Começou um DJ a tocar. O indivíduo tocou por mais de uma hora. Quando ele
encerrou, eu pensei que ia começar o show, mas eu estava enganado. Entrou outro
DJ, que tocou por mais uma hora e quarenta minutos. Ou seja, os DJs, juntos,
tocaram por aproximadamente duas horas e quarenta minutos. Eu não aguentava
mais. Entediante. Até porque eu fui lá para assistir ao Rouge, e não músicas
aleatórias – rs. Grupo Rouge foi anunciado às 01h40min. Começou o show. As músicas foram
rolando e eu, sinceramente, senti um clima tenso no ar. Aquele brilho que elas
tinham em 2017, com a turnê de 15 anos, não tinha mais. Vale lembrar que elas
participaram de podcasts e, principalmente Karen e Fantine, abriram o jogo e
falaram tudo. Segue minha primeira crítica: nem tudo é para ser publicado. Qual a necessidade de uma falar “mal”
da outra em público? Qual a necessidade de Fantine dizer que não é amiga de
Luciana? Qual a necessidade de Li dizer que o grupo é igual a um trabalho
normal: as pessoas estão juntas no trabalho, mas ninguém é obrigado a ser amigo
do outro!? SUPER DESNECESSÁRIO!!! Teve um momento que a
DJ estava tocando, e começou uma música da MC Carol dizendo que “vai dar PT”.
Ligaram luzes vermelhas. O povo foi ao delírio. Geral fazendo o L. (Coitados!).
Mas até aí, eu achei tudo normal. Porém, na hora que elas estavam se arrumando
para fazer a parte acústica, os fãs começaram a gritar ‘Ei, Bolsonaro, vai tomar no cu!’. E a Karen concordou e incentivou
os fãs. E eu me questionei e questiono vocês: Pra que isso? O que vocês,
esquerda, pretendem alcançar com este tipo de manifestação? Qual o objetivo com
isto? Qual a necessidade disto? É isso que os bolsonaristas querem e veem em
vocês: um bando de play boy esquerdista, bancado pelos pais, socialistas de
iphone. Vocês mesmos denigrem a imagem da esquerda e da rede progressista.
Atrás de mim tinha pessoas fumando maconha. Estava insuportável o cheiro. Na minha
frente, chegou um casal LGBTQIA+ e começou a se esfregar loucamente. Pra que
isso? O que eles querem provar à sociedade com isto? A única reação que vocês
ganham com isto é o desprezo dos outros. Outro ponto: vivemos no
mundo do cancelamento. Então, infelizmente, os artistas têm que passar pelo pedágio ideológico. O Grupo Rouge está
neste contexto e teve que marcar ponto nisto. A Aline pegou a bandeira LGBTQIA+
e se enrolou nela. Eu, sinceramente, não acho que foi por realmente defender a
causa. Ela fez isso para causar, lacrar. Até porque, ela divulgou (sem
necessidade) no mês passado que ela e seu esposo vivem um relacionamento
aberto. Enfim, tirando o cheiro
de maconha, a parte política, os produtos caros e a tensão no palco, deu sim
para curtir um pouco. Deu para cantar, dançar, se divertir e até se emocionar
ao vê-las cantando, talvez, pela última vez. E meu desejo é que elas
cresçam e amadureçam. Ali só tem mulher com mais de 40 anos. Não é possível que
acontecimentos de 20 anos atrás ainda interfiram neste relacionamento. O que aconteceu
de tão ruim que elas não conseguem superar!? Eu pensei, em 2017, que tudo tinha
mudado. Até porque no palco e nas apresentações em TV, elas pareciam tão certas
de si, tão confiantes, tão unidas, tão amadurecidas. Mas agora em 2022
percebe-se que foi tudo ilusão. Elas têm que ver que são inspiração para
centenas de pessoas. E eu espero de coração que elas se entendam e que o Grupo
Rouge, a magia que existe nelas cinco, continue com 25 anos, 30 anos.
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