terça-feira, 13 de dezembro de 2022

CHÁ ROUGE 2022 - MILITÂNCIA, LGBTQIA+, PUTARIA E DROGAS - 'EI, BOLSONARO, VAI TOMAR NO C*!'

CHÁ ROUGE 2022
MILITÂNCIA, LGBTQIA+, PUTARIA E DROGAS
'EI, BOLSONARO, VAI TOMAR NO C*!'


O Grupo Rouge se apresentou do dia 10/12/2022 (sábado) para o dia 11/12/2022 (domingo) no Via Parque Shopping (Qualistage). Cheguei ao local por volta das 22 horas, entrei na fila, e lá fiquei até 22h40min em pé aguardando. Abriram os portões, consegui entrar às 23h. Minha prima e eu achamos um local bom para assistir ao show e lá ficamos no meio da arena. Vi um senhor vendendo água, e comprei – R$8,00 uma garrafinha. Senhor! Além do copo com a foto do Grupo Rouge, que custou R$15,00. Começou um DJ a tocar. O indivíduo tocou por mais de uma hora. Quando ele encerrou, eu pensei que ia começar o show, mas eu estava enganado. Entrou outro DJ, que tocou por mais uma hora e quarenta minutos. Ou seja, os DJs, juntos, tocaram por aproximadamente duas horas e quarenta minutos. Eu não aguentava mais. Entediante. Até porque eu fui lá para assistir ao Rouge, e não músicas aleatórias – rs. Grupo Rouge foi anunciado às 01h40min.
 
Começou o show.
 
As músicas foram rolando e eu, sinceramente, senti um clima tenso no ar. Aquele brilho que elas tinham em 2017, com a turnê de 15 anos, não tinha mais. Vale lembrar que elas participaram de podcasts e, principalmente Karen e Fantine, abriram o jogo e falaram tudo. Segue minha primeira crítica: nem tudo é para ser publicado. Qual a necessidade de uma falar “mal” da outra em público? Qual a necessidade de Fantine dizer que não é amiga de Luciana? Qual a necessidade de Li dizer que o grupo é igual a um trabalho normal: as pessoas estão juntas no trabalho, mas ninguém é obrigado a ser amigo do outro!? SUPER DESNECESSÁRIO!!!
 
Teve um momento que a DJ estava tocando, e começou uma música da MC Carol dizendo que “vai dar PT”. Ligaram luzes vermelhas. O povo foi ao delírio. Geral fazendo o L. (Coitados!). Mas até aí, eu achei tudo normal. Porém, na hora que elas estavam se arrumando para fazer a parte acústica, os fãs começaram a gritar ‘Ei, Bolsonaro, vai tomar no cu!’. E a Karen concordou e incentivou os fãs. E eu me questionei e questiono vocês: Pra que isso? O que vocês, esquerda, pretendem alcançar com este tipo de manifestação? Qual o objetivo com isto? Qual a necessidade disto? É isso que os bolsonaristas querem e veem em vocês: um bando de play boy esquerdista, bancado pelos pais, socialistas de iphone. Vocês mesmos denigrem a imagem da esquerda e da rede progressista. Atrás de mim tinha pessoas fumando maconha. Estava insuportável o cheiro. Na minha frente, chegou um casal LGBTQIA+ e começou a se esfregar loucamente. Pra que isso? O que eles querem provar à sociedade com isto? A única reação que vocês ganham com isto é o desprezo dos outros.
 
Outro ponto: vivemos no mundo do cancelamento. Então, infelizmente, os artistas têm que passar pelo pedágio ideológico. O Grupo Rouge está neste contexto e teve que marcar ponto nisto. A Aline pegou a bandeira LGBTQIA+ e se enrolou nela. Eu, sinceramente, não acho que foi por realmente defender a causa. Ela fez isso para causar, lacrar. Até porque, ela divulgou (sem necessidade) no mês passado que ela e seu esposo vivem um relacionamento aberto.
 
Enfim, tirando o cheiro de maconha, a parte política, os produtos caros e a tensão no palco, deu sim para curtir um pouco. Deu para cantar, dançar, se divertir e até se emocionar ao vê-las cantando, talvez, pela última vez.
 
E meu desejo é que elas cresçam e amadureçam. Ali só tem mulher com mais de 40 anos. Não é possível que acontecimentos de 20 anos atrás ainda interfiram neste relacionamento. O que aconteceu de tão ruim que elas não conseguem superar!? Eu pensei, em 2017, que tudo tinha mudado. Até porque no palco e nas apresentações em TV, elas pareciam tão certas de si, tão confiantes, tão unidas, tão amadurecidas. Mas agora em 2022 percebe-se que foi tudo ilusão. Elas têm que ver que são inspiração para centenas de pessoas. E eu espero de coração que elas se entendam e que o Grupo Rouge, a magia que existe nelas cinco, continue com 25 anos, 30 anos.
 
Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 2022
Raphael Paiva

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