ALUNA TRANS NA UNB NO BANHEIRO FEMININO: FATO OU FAKE?
TRANSFOBIA, MEDO OU FALTA DE SENSO?
Primeiramente, ninguém precisa ser trans para lutar contra
a transfobia! Você não precisa ser homossexual, trans, para tentar analisar,
entender e defender a causa das minorias.
Vamos ao ponto do vídeo:
Imagina você, mulher, está com sua filha pequena, entra no
banheiro feminino do shopping e se depara com um homem urinando no local. Qual
seria sua reação? Em regra, você pediria para o homem se retirar. Se ele não
quisesse, você iria se direcionar a um segurança do local e pediria uma
intervenção. E você está certíssima! E foi isso que aconteceu na UnB.
VÍDEO: uso de banheiro
feminino por aluna trans causa confusão no Restaurante Universitário da UnB
Caso ocorreu na tarde
desta terça-feira (13). Estudante transexual foi questionada no sanitário por
aluna que disse se sentir 'insegura'; ela afirma que foi 'desrespeitada'.
Por Rodrigo Serpa, TV
Globo
15/12/2022 13h02 Atualizado há 5 dias
Vale ressaltar que não podemos afirmar com 100% de certeza
nada, visto que o que temos são pequenos vídeos soltos. Então, é impossível emitir
um juízo de valor sobre o caso.
O uso do banheiro
feminino por uma aluna transexual causou uma confusão no Restaurante
Universitário da Universidade de Brasília (UnB), nesta terça-feira (13). A
aluna estava dentro do sanitário destinado às mulheres, quando outra estudante
questionou a presença dela e a expulsou do local.
A confusão aconteceu
por volta das 14h, e alunos filmaram uma parte da briga, que se estendeu para o
saguão. A jovem trans se exaltou quando foi chamada de "cara" pela
outra aluna, e funcionários do restaurante tentaram intervir. Ela afirma que se
sentiu "desrespeitada".
Já a outra estudante
disse que a questionou por se sentir "insegura". Em nota, a UnB
afirmou que "é um local plural e tolerante, que preza pela riqueza e
potencialidade da diversidade e pelo respeito às diferenças".
"E que sendo parte
da sociedade, com uma comunidade de 58 mil pessoas, não fica imune às questões
estruturais contemporâneas e trabalha para tornar o ambiente acadêmico cada vez
mais acolhedor", continua o texto.
O que dizem as
envolvidas?
A aluna trans, que não
quis se identificar, relatou à TV Globo que a outra estudante tentou expulsá-la
do banheiro e que foi vítima de transfobia – uma forma de preconceito contra
pessoas transexuais que pode resultar em violência física, moral ou
psicológica.
"Eu me senti
extremamente ofendida, eu estava sendo exposta, estava sendo humilhada por uma
pessoa que estava me filmando. Eu corri para tentar tomar o celular dela, e eu
perdi o controle. Mas ninguém deveria passar por isso só por querer usar o
banheiro", afirma.
Já a estudante que
abordou a jovem disse que sentiu "medo". "Eu pensei que fosse um
homem, né? Porque eu vi a barba. Aí eu perguntei o que ele estava fazendo no
banheiro. Porque têm casos de assédio e estupro que acontecem dentro da
universidade e eu fico com muito medo dessas coisas."
Não é porque você se vê como mulher que você vai usar
banheiro feminino. Não faz sentido! Se fosse, pelo menos, uma pessoa com
estereótipo feminino, seria mais tranquilo. Porém foi o inverso: um homem
barbudo.
Em resumo: os dois lados estão certos e errados ao mesmo
tempo. A aluna trans está errada porque, com estereótipo masculino, quis entrar
em banheiro feminino. Vale lembrar que tinha banheiro neutro na Universidade,
mas ela preferiu lacrar no banheiro feminino. Na minha opinião, era isso que
ela queria: lacrar e aparecer. A aluna hétero está errada porque não soube, acho
eu que por ingenuidade, reagir a uma trans no banheiro.
Outro ponto importante a destacar é que nós, como cidadãos,
seguidores da CRFB/88, devemos prezar pelos deveres e direitos de todos,
incluindo a comunidade LGBTQIA+. De acordo com ela, devemos tratar os iguais
como iguais e os desiguais como desiguais. Mas não devemos de jeito algum
tentar colocar os direitos de uns sob os direitos de outros. O problema que eu
vejo em muitos ativistas da causa é que eles querem impor à sociedade o que
eles acham que é certo.
Debate no STF
O debate sobre
transexuais usarem banheiros públicos de acordo com a identidade de gênero está
no Supremo Tribunal Federal (STF) há sete anos. Dois ministros, Luís Roberto
Barroso e Edson Fachin, já votaram para que mulheres trans possam usar o
banheiro feminino e que homens trans utilizem o masculino.
Sou totalmente contra. Neste quesito eu acho que sou
conservador. Na minha opinião, se você tem pinto, você vai em banheiro
masculino. Se você tem vagina, você vai em banheiro feminino. A única
possibilidade fora disto é o banheiro neutro, que já existe. Vale à comunidade
aceitar e agradecer pelos direitos já garantidos.
Em 2015, o ministro
Luiz Fux pediu mais tempo para analisar o caso, que não tem previsão de voltar
à pauta. O resultado do julgamento tem repercussão geral, e servirá de base
para outras decisões judiciais sobre casos semelhantes.
Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 2022
Raphael Paiva
Nenhum comentário:
Postar um comentário