quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

ALUNA TRANS NA UNB NO BANHEIRO FEMININO: FATO OU FAKE? TRANSFOBIA, MEDO OU FALTA DE SENSO?

ALUNA TRANS NA UNB NO BANHEIRO FEMININO: FATO OU FAKE? TRANSFOBIA, MEDO OU FALTA DE SENSO?


Primeiramente, ninguém precisa ser trans para lutar contra a transfobia! Você não precisa ser homossexual, trans, para tentar analisar, entender e defender a causa das minorias.
 
Vamos ao ponto do vídeo:
Imagina você, mulher, está com sua filha pequena, entra no banheiro feminino do shopping e se depara com um homem urinando no local. Qual seria sua reação? Em regra, você pediria para o homem se retirar. Se ele não quisesse, você iria se direcionar a um segurança do local e pediria uma intervenção. E você está certíssima! E foi isso que aconteceu na UnB.
 
VÍDEO: uso de banheiro feminino por aluna trans causa confusão no Restaurante Universitário da UnB
Caso ocorreu na tarde desta terça-feira (13). Estudante transexual foi questionada no sanitário por aluna que disse se sentir 'insegura'; ela afirma que foi 'desrespeitada'.
Por Rodrigo Serpa, TV Globo
 
15/12/2022 13h02  Atualizado há 5 dias
 
Vale ressaltar que não podemos afirmar com 100% de certeza nada, visto que o que temos são pequenos vídeos soltos. Então, é impossível emitir um juízo de valor sobre o caso.
 
O uso do banheiro feminino por uma aluna transexual causou uma confusão no Restaurante Universitário da Universidade de Brasília (UnB), nesta terça-feira (13). A aluna estava dentro do sanitário destinado às mulheres, quando outra estudante questionou a presença dela e a expulsou do local.
 
A confusão aconteceu por volta das 14h, e alunos filmaram uma parte da briga, que se estendeu para o saguão. A jovem trans se exaltou quando foi chamada de "cara" pela outra aluna, e funcionários do restaurante tentaram intervir. Ela afirma que se sentiu "desrespeitada".
 
Já a outra estudante disse que a questionou por se sentir "insegura". Em nota, a UnB afirmou que "é um local plural e tolerante, que preza pela riqueza e potencialidade da diversidade e pelo respeito às diferenças".
 
"E que sendo parte da sociedade, com uma comunidade de 58 mil pessoas, não fica imune às questões estruturais contemporâneas e trabalha para tornar o ambiente acadêmico cada vez mais acolhedor", continua o texto.
 
O que dizem as envolvidas?
A aluna trans, que não quis se identificar, relatou à TV Globo que a outra estudante tentou expulsá-la do banheiro e que foi vítima de transfobia – uma forma de preconceito contra pessoas transexuais que pode resultar em violência física, moral ou psicológica.
 
"Eu me senti extremamente ofendida, eu estava sendo exposta, estava sendo humilhada por uma pessoa que estava me filmando. Eu corri para tentar tomar o celular dela, e eu perdi o controle. Mas ninguém deveria passar por isso só por querer usar o banheiro", afirma.
Já a estudante que abordou a jovem disse que sentiu "medo". "Eu pensei que fosse um homem, né? Porque eu vi a barba. Aí eu perguntei o que ele estava fazendo no banheiro. Porque têm casos de assédio e estupro que acontecem dentro da universidade e eu fico com muito medo dessas coisas."
 
Não é porque você se vê como mulher que você vai usar banheiro feminino. Não faz sentido! Se fosse, pelo menos, uma pessoa com estereótipo feminino, seria mais tranquilo. Porém foi o inverso: um homem barbudo.
 
Em resumo: os dois lados estão certos e errados ao mesmo tempo. A aluna trans está errada porque, com estereótipo masculino, quis entrar em banheiro feminino. Vale lembrar que tinha banheiro neutro na Universidade, mas ela preferiu lacrar no banheiro feminino. Na minha opinião, era isso que ela queria: lacrar e aparecer. A aluna hétero está errada porque não soube, acho eu que por ingenuidade, reagir a uma trans no banheiro.
 
Outro ponto importante a destacar é que nós, como cidadãos, seguidores da CRFB/88, devemos prezar pelos deveres e direitos de todos, incluindo a comunidade LGBTQIA+. De acordo com ela, devemos tratar os iguais como iguais e os desiguais como desiguais. Mas não devemos de jeito algum tentar colocar os direitos de uns sob os direitos de outros. O problema que eu vejo em muitos ativistas da causa é que eles querem impor à sociedade o que eles acham que é certo.
 
Debate no STF
O debate sobre transexuais usarem banheiros públicos de acordo com a identidade de gênero está no Supremo Tribunal Federal (STF) há sete anos. Dois ministros, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, já votaram para que mulheres trans possam usar o banheiro feminino e que homens trans utilizem o masculino.
 
Sou totalmente contra. Neste quesito eu acho que sou conservador. Na minha opinião, se você tem pinto, você vai em banheiro masculino. Se você tem vagina, você vai em banheiro feminino. A única possibilidade fora disto é o banheiro neutro, que já existe. Vale à comunidade aceitar e agradecer pelos direitos já garantidos.
 
Em 2015, o ministro Luiz Fux pediu mais tempo para analisar o caso, que não tem previsão de voltar à pauta. O resultado do julgamento tem repercussão geral, e servirá de base para outras decisões judiciais sobre casos semelhantes.
 
 
Rio de Janeiro, 21 de dezembro de 2022
Raphael Paiva

Nenhum comentário:

Postar um comentário