quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

A Opressão Religiosa MATA!

"Com a morte de Lorenzo, em 1492, assumiu o governo o filho Piero (1471-1503), que também seguiu a tradição da família de apoiar a cultura clássica. Mas à diferença do pai, ele não tinha grande habilidade política ou diplomática. Durante seu governo, Florença foi invadida por Carlos VIII da França, o que o obrigou a fugir da cidade, cujo comando passou, temporariamente, ao dominicano conservador Girolamo Savonarola, que acusava os Médici de ostentarem luxúria e fomentarem costumes abomináveis. Além de desentender-se com Carlos VIII, o que facilitou o retorno de Piero, Savonarola entrou em crise com o papa Alexandre VI, que acabou por excomungá-lo. Afinal preso, o religioso foi torturado e enforcado, tendo seu corpo queimado em praça pública, juntamente com outros dois seguidores, que também se opunham ao Vaticano, frei Silvestro e frei Domenico de Pescia."
(MICELI, Paulo. História Moderna: Brasil, 2013. São Paulo: Editora Contexto, 2013, pp.47-8)


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"Por influência dos teólogos da Sorbonne, o estudo da literatura grega foi considerado subversivo e acabou banido, transferindo-se Rabelais para a ordem dos beneditinos, mais tolerantes em relação à cultura."
(MICELI, Paulo. História Moderna: Brasil, 2013. São Paulo: Editora Contexto, 2013, p.56)


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"Em 1543, as provocações de Rabelais fizeram com que a Sorbonne incluísse seus livros na lista de obras que bons católicos não deveriam ler. Ao mesmo tempo, Calvino acusava o autor de ateísmo, o que dá ideia clara do incômodo que ele provocava nas mais diversas e antagônicas instituições religiosas."
(MICELI, Paulo. História Moderna: Brasil, 2013. São Paulo: Editora Contexto, 2013, p.57)

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"À época em que viveu Rabelais, era muito arriscado desafiar as instituições estabelecidas, especialmente as religiosas, como fez, por exemplo, um de seus amigos, Étienne Dolet (1509-1546), justamente considerado o pioneiro da tradução na França. Pois bem, esse humanista, conhecido por uma inexaurível liberdade de pensamento, tinha admiradores sinceros, mas animou intensamente a fúria de poderosos inimigos. Por conta de suas ideias políticas e religiosas, Dolet foi preso várias vezes, até que, na quinta delas, acabou condenado por ateísmo e blasfêmia, sendo estrangulado e queimado junto de seus livros."
(MICELI, Paulo. História Moderna: Brasil, 2013. São Paulo: Editora Contexto, 2013, p.58)

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"Michel Eyquem de Montaigne levou cerca de vinte anos para concluir sua obra-prima, sempre lembrada pela novidade e ousadia das reflexões que a compõem, por exemplo, quando se refere aos canibais: "não vejo nada de bárbaro ou selvagem no que dizem daqueles povos; e, na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra". Entretanto, não lhe parecia "excessivo julgar bárbaros tais atos de crueldade, mas que o fato de condenar tais defeitos não nos leve à cegueira acerca dos nossos. Estimo que é mais bárbaro comer um homem vivo do que o comer depois de morto; e é pior esquartejar um homem entre suplícios e tormentos e o queimar aos poucos, ou entregá-lo a cães e porcos, a pretexto de devoção e fé". É clara nessa passagem a referência às guerras religiosas que assolaram a França entre 1562 e 1598 e culminaram no massacre dos protestantes, praticado na noite de São Bartolomeu, em 24 de agosto de 1572, certamente presenciado por Montaigne."
(MICELI, Paulo. História Moderna: Brasil, 2013. São Paulo: Editora Contexto, 2013, pp.60-1)


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"More era alto funcionário da corte, exercendo a função de grande chanceler. Entretanto, quando o rei inglês abandonou o catolicismo, pediu demissão do cargo, em 1532, o que descontentou profundamente o monarca. No ano seguinte, sempre por conta de suas convicções religiosas, recusou-se a assistir à coroação da nova esposa do rei, Ana Bolena, bem como a jurar fidelidade - juntamente com toda nobreza inglesa - aos filhos eventualmente nascidos dessa união. Por isso, foi condenado à prisão perpétua e teve confiscados os bens, mas logo depois acabou julgado por crime de alta traição, sendo decapitado em Londres, em 1535. Quatro séculos depois, em 1935, foi canonizado pela Igreja Católica."
(MICELI, Paulo. História Moderna: Brasil, 2013. São Paulo: Editora Contexto, 2013, p.67)



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