quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Que tipo de PAI é o seu? [Smartphone]

01/08/2013 08h26 - Atualizado em 01/08/2013 08h28

Saiba escolher o smartphone mais indicado para presentear seu pai

Veja uma lista de aparelhos com preços a partir de R$ 800.
Especialistas indicam configurações para quatro perfis de pai.

Daniela BraunDo G1, em São Paulo
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Smartphones e celulares estão no topo da lista de presentes mais desejados pelos pais. Os dispositivos móveis representam 25% das intenções de compras no Dia dos Pais, de acordo com 3,2 mil consumidores pesquisados pelo site MercadoLivre, seguidos por notebooks (22% das intenções).
Na hora de escolher o presente, entretanto, é preciso entender a diferença entre os modelos de smartphones para que seu pai não ganhe um aparelho lento e limitado.

G1 consultou especialistas que dão dicas do que se deve observar na escolha de smartphones e as configurações mais indicadas para quatro perfis de pais. Veja também uma seleção de aparelhos com preços a partir de R$ 800.
Pai Família  (Foto: Arte/G1)

O pai que não perde um clique ou uma cena dos filhos busca um câmera de bolso com boa capacidade. A conexão móvel em banda larga, 3G ou 4G, é essencial para compartilhar os momentos da família via internet.
“Todos os smartphones que se enquadram na redução de impostos anunciada pelo governo no início deste ano são boas alternativas”, lembra Ronaldo Prass, autor da colunaTira-dúvidas de Tecnologia, do G1. “A capacidade de armazenamento interno e a possibilidade de expansão com cartão de memória são importantes, mas não determinantes na escolha do aparelho se ele tiver pelo menos 8 gigabytes (GB) de memória interna disponível”, complementa Prass.
Pai Gamer (Foto: Arte/G1)
Fãs de jogos não querem ver o smartphone travando no meio das partidas. Para este perfil de usuário, mais exigente, é preciso observar capacidade de processamento, memória RAM e resolução de tela adequados. Além disso, o teclado ou a tela touch deve facilitar o uso de jogos. Na avaliação de Dario Dal Piaz, diretor de ecossistema da fabricante de chipsets Qualcomm, se o modelo de smartphone for intermediário, e não um 'top de linha', o processador deve ter pelo menos dois núcleos e frequência de 1,5 Gigahertz (GHz).
“É recomendável que os smartphones para gamers possuam processadores com pelo menos dois núcleos, 1 GB de memória RAM, uma tela com o tamanho de pelo menos 4.7 polegadas e com resolução de 720 x 1280 pixels. O espaço de armazenamento interno disponível e a capacidade de expansão são decisivos para usuários que não abrem mão de instalar várias opções de games de última geração”, afirma Ronaldo Prass.
Pai Social (Foto: Arte/G1)
Para navegar em redes sociais e compartilhar conteúdos pelo smartphone, o pai ‘social’ precisa de um smartphone conectado com uma dupla de processador e memória que sustente múltiplos aplicativos abertos simultaneamente. Câmera com resolução mínima de 5 megapixels para fotos e câmera traseira para chats em vídeo também completam o kit do pai social.
“O ideal é buscar um smartphone com uma boa câmera - na frontal com pelo menos 2 megapixels de resolução, e na traseira com no mínimo 5 megapixels para fazer fotos de boa qualidade. O espaço de armazenamento interno e a capacidade de expansão são itens apreciáveis, mas não são prioridade na hora de escolher um aparelho para esse perfil”, avalia Ronaldo Prass. “A autonomia da bateria é fundamental, principalmente quando se usa ininterruptamente o plano de dados. Uma configuração de 2500 mAh (miliampère-hora) dá conta do recado durante mais de 15 horas”, afirma.
Pai profissional (Foto: Arte/G1)


Para o uso profissional é recomendável investir num aparelho robusto, com uma tela de pelo menos 4 polegadas para a leitura de e-mails. Uma boa câmera frontal, com pelo menos 2 megapixels de resolução, cai muito bem para a realização de videoconferência. A autonomia da bateria é fundamental para quem usa o smartphone para o trabalho.
Smartphones com entrada para mais de um chip também podem ser interessantes para separar as chamadas de casa e do trabalho sem ter de usar dois aparelhos.
Fique de olho nas configurações
Saiba o que levar em conta na hora de escolher um smartphone considerando memória, processador, sistema operacional, câmera, tela e conectividade.
O cartão de memória pode até mesmo ser usado como um pen drive"
Gilberto Russo, consultor
Memória interna e expansível
A possibilidade de baixar aplicativos e jogos é um dos grandes diferenciais de um smartphone, mas a brincadeira pode acabar rapidamente se a memória interna do aparelho for limitada. “Em geral, a maioria dos usuários de smartphones não usa mais do que 2 gigabytes (GB) de aplicativos. O que exige mais espaço são fotos, vídeos e músicas, que podem ser armazenados no cartão de memória externo”, explica Daniel Hatkoff, sócio-diretor da Pitzi, empresa de proteção de smartphones e celulares contra acidentes.

O comportamento de uso também pode reduzir a capacidade da memória. “Uma coisa que a acontece bastante é a pessoa gravar mídias (fotos e vídeos) na memória interna ou colocar contatos telefônicos que poderiam ser gravados no chip”, lembra Hatkoff, que recomenda aparelhos com memória interna de, no mínimo, 2 GB.
A escolha da memória externa fica a critério do usuário. “O cartão de memória pode até mesmo ser usado como um pen drive, porem poderão haver tipos de arquivos que um smartphone não conseguirá ler”, alerta o diretor executivo da WG-7 Consultoria e Treinamento, Gilberto Russo, que treina equipes de vendas de celulares para operadoras.
"Existem muitos aparelhos sendo vendidos com a versão 2.3.X do Android e sem a perspectiva de atualização"
Ronaldo Prass, colunista  do G1
Sistema operacional
O consumidor também deve ficar de olho na versão do sistema operacional instalada em seu novo smartphone e se o fabricante realiza atualizações regulares. Caso contrário, pode ter problemas de segurança e compatibilidade de aplicativos. “Existem muitos aparelhos sendo vendidos com a versão 2.3.X do Android e sem a perspectiva de atualização. É recomendável investir num aparelho que tenha instalado pelo menos a versão 4.0.x ou superior”, afirma o colunista doG1, Ronaldo Prass.

O especialista nota que smartphones como iPhone e BlackBerry não possuem uma variedade tão grande de modelos disponíveis no mercado, mas pode-se observar uma regularidade na disponibilidade das atualizações. “Quando se trata de aparelhos com o sistema operacional Windows Phone é recomendável que venham com pelo menos a versão 7.8 instalada”, aconselha.

No site do Google (veja aqui) é possível verificar a versão do Android instalada em cada aparelho vendido com a plataforma. No Brasil, segundo a consultoria IDC, smartphones com Android representaram 87% dos modelos vendidos no primeiro trimestre.

Memória RAM
Aliada do processador, a memória RAM é responsável por garantir o bom funcionamento de múltiplas tarefas e aplicativos abertos simultaneamente no smartphone. “É a memória rápida do aparelho e não deve ser confundida com a ‘memória’ de armazenamento”, observa Hatkoff.
“Diferentemente da memória do HD, a memória RAM não armazena conteúdos permanentemente. É responsável, no entanto, pela leitura dos conteúdos quando requeridos, ou seja, de forma não-sequencial, por isso a nomenclatura, em inglês, de Random Access Memory (Memória de Acesso Aleatório)”, detalha o consultor Gilberto Russo.
90% dos aplicativos foram desenvolvidos para aproveitar somente um núcleo"
Cássio Tietê, diretor de marketing da Intel
Para smartphones de médio porte, os especialistas recomendam uma memória RAM de, no mínimo, 512 megabytes (MB).

Processador
O chip é o coração do smartphone. Conforme explica Dario Dal Piaz há microprocessadores compostos por mais de 20 conjuntos, sendo cada um responsável por um departamento do aparelho como conexão sem fio, câmera, aplicativos etc.
O desempenho do processador, no entanto, não está relacionado somente ao número de núcleos. Um chip dual-core não vai necessariamente duplicar sua capacidade. “O mercado criou um ‘cacoete’ de falar de core (núcleo), mas 90% dos aplicativos foram desenvolvidos para aproveitar somente um núcleo”, explica Cássio Tietê, diretor de marketing para tablets e smartphones da Intel para a América Latina.
A frequência do chip, hoje medida em gigahertz (GHz), pode ser mais importante do que os núcleos em alguns modelos, tanto no desempenho como no consumo de bateria do aparelho. “A métrica dos GHz mostra a máxima velocidade com a qual um processador vai trabalhar”, afirma o executivo da Intel.
Você ainda encontra muitos produtos 2G no mercado"
Leonardo Munin, analista de mercado da IDC
Conectividade
De nada adiantar ter um smartphone de última geração se ele não navega pelas tecnologias de banda larga 3G, e agora 4G, além de contar com conexão a redes Wi-Fi e Bluetooth. “A conectividade ainda não é uma característica de forte em smartphones. Você ainda encontra muitos produtos 2G no mercado”, afirma Leonardo Munin, analista de mercado da consultoria IDC Brasil.
Para verificar se seu smartphone é compatível com as tecnologias de banda larga móvel de terceira geração, a configuração do produto deve ser compatível com redes HSPA, HSPA+ e/ou HSDPA. Já aparelhos que também suportam redes 4G devem ter a tecnologia LTE em suas especificações.
Antes de partir para um smartphone 4G, no entanto, o consumidor deve verificar se o aparelho é compatível com a frequência de 2,5 GHz usada para a oferta do acesso 4G no Brasil (veja a lista de países compatíveis com o 4G brasileiro). Caso contrário, o aparelho vai se conectar somente às redes 3G.
Câmera
Mais do que a quantidade de megapixels, o consumidor deve observar o tempo de resposta entre acionar a câmera e fazer o clique. Para compartilhar fotos na rede, Daniel Hatkoff, recomenda câmeras com resolução de 5 megapixels. “É o suficiente para um uso normal da câmera do celular, compartilhando fotos em redes sociais como Instagram, já que imprimir foto é uma coisa que a maioria das pessoas não faz mais”, afirma. Para vídeos o ideal é começar com resolução HD (1.280 x 720 linhas).
O número de erros e o tempo para executar certas tarefas cresce quando o tamanho do display diminui"
Victor Mammana, Diretor do CTI Renato Archer
Outra dica é verificar a procedência da lente. A qualidade da foto depende muito mais dela e já há marcas de celular que utilizam lentes consagradas na fotografia. (Confira dicas de fotógrafos sobre como usar a câmera do celular).

Tela
Quanto maior a tela do smartphone melhor o aparelho? A resposta envolve usabilidade e ergonomia, conforme explica Victor Pellegrini Mammana, Diretor do Centro de Tecnologia da Informação (CTI) Renato Archer, em Campinas (SP).

De acordo com um estudo realizado pelo CTI, telas maiores ajudam na ergonomia sensorial e cognitiva, melhorando o uso. "O número de erros e o tempo para executar certas tarefas cresce quando o tamanho do display diminui", afirma Mammana. "Por outro lado sabemos que a 'pegada' do celular pode ficar menos confortável quando ele é muito largo. Neste caso, displays maiores podem prejudicar a ergonomia postural", conclui o especialista.

É importante diferenciar a resolução da tela e a tecnologia do display. "WVGA (Wide Video Graphics Array) e FWGA (Full Wide Video Graphics Array), por exemplo, se referem à resolução da tela (480 x 800 e 480 x 854, normalmente). Já TFT (Thin-film transistor) - variação da tela LCD (Liquid Cristal Dysplay) - e SuperAMOLED (Active-Matrix Organic Light-Emitting Diode) são tecnologias de display", explica Hatkoff. "Ambas são muito boas, mas SuperAMOLED é melhor para exibir vídeos e jogos, e TFT-LCD para navegar e ler", observa.
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