sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Confira lista de bolsonaristas fiéis e também dos arrependidos derrotados nas urnas

Confira lista de bolsonaristas fiéis e também dos arrependidos derrotados nas urnas
 
Entre os bolsonaristas fieis, fracassaram nas urnas o cantor Netinho, Fernando Holyday e Sérgio Camargo. Entre os arrependidos não eleitos estão Janaina Pascoal, Joice e Mandetta
 
Publicado: 03 outubro, 2022 - 13h30
 
Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz


Ainda que a linha de frente do bolsonarismo tenha tido votos suficientes neste domingo (2) para tornar o Congresso ainda mais conservador, muitos dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) e também dos que se arrependeram do apoio não passaram’ no teste das urnas.
 
Na Bahia, o cantor Netinho também se deu mal. O sucesso nos anos 1990 não foi suficiente para levar o bolsonarista à Câmara dos Deputados. Ele concorreu pelo PL, partido do presidente, e obteve somente cerca de 31 mil votos.
 
Dois candidatos negros, contrários à política de cotas, Fernando Holyday (militante do MBL) e Sérgio Camargo (ex-presidente da Fundação Palmares) também não se elegeram deputados federais.
 
O ex-presidente Fernando Collor de Melo, considerado um dos piores da história, apoiador ferrenho de Bolsonaro, concorreu ao cargo de governador por Alagoas, mas não chegou nem ao 2° turno. Ele obteve apenas 14,7% dos votos.
 
Outros apoiadores que fracassaram nas urnas são a influenciadora Antonia Fontenelle, a ex-paquita Andreia Sorvetão, ambas candidatas a deputada federal pelo Republicanos do Rio de Janeiro.
 
O ator pornô Kid Bengala não conseguiu uma vaga na Câmara por São Paulo, pelo União Brasil, teve somente cerca de 10 mil votos.
 
Também apoiador de Bolsonaro, o ex-presidente do Flamengo, Marcos Braz (PL), obteve somente 38 mil votos e não se elegeu deputado estadual.
 
Mais bolsonaristas derrotados nas urnas:
 
Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro; o ator Felipe Folgosi; Eduardo Torres, irmão da primeira-dama Michele Bolsonaro; Cristina Bolsonaro, ex-mulher do presidente; a médica Nise Yamagushi, o ex-assessor de Bolsonaro, Fabrício Queiroz; o comentarista Adrilles Jorge; e o deputado estadual (SP) Douglas Garcia.
 
Bolsonaristas arrependidos também fracassam
 
Nomes que em 2018 engrossaram o coro bolsonarista também perderam a eleição.
 
Alexandre Frota (PSDB), que se arrependeu e pediu desculpas pelo apoio, e Joice Hasselmann, que saiu do PSL e migrou para o PSDB fazendo pesadas críticas ao governo que apoiou, são dois exemplos.
 
Frota, deputado federal, havia se candidatado a uma vaga para a Assembleia Legislativa de São Paulo, mas obteve somente cerca de 24 mil votos, número insuficiente para ser eleito como deputado estadual.
 
Já Hasselmann não conseguiu se reeleger. Se em 2018 ela havia tido uma expressiva votação de 1,07 milhão de votos, em 2022, obteve apenas 13,5 mil, ou seja, perdeu 98,7% de seus eleitores. O número é semelhante a perdas de votos que o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro registrou em relação a 2018. Ele ficou atrás de Guilherme Boulos (Psol), deputado mais votado do estado, com 1,01 milhão de votos.
 
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (União Brasil), que no começo da pandemia também abandonou o barco bolsonarista ao perceber que o negacionismo do presidente levaria (o que de fato aconteceu) à morte de milhares de brasileiros por Covid-19, se candidatou ao Senado pelo Mato Grosso, mas perdeu para a ex-colega, ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina (PP).
 
Abraham Weintraub (PMB) e Arthur Weintraub (PMB), ex-aliados (Abraham foi um dos cinco ministros da Educação de Bolsonaro e Arthur foi assessor especial do governo) se candidataram à Câmara, mas também não passaram.
 
Outro responsável por permitir que o país mergulhasse em uma das piores crises institucionais de todos os tempos, o ex-deputado Eduardo Cunha (MDB), que se candidatou a deputado por SP, teve pouco mais de 5 mil votos. Cunha foi responsável por dar andamento ao processo de impeachment de Dilma Rousseff. A ascensão da direita ao poder, pelas mãos do golpista Michel Temer (MDB), junto com a perseguição política a Lula e o impedimento de sua candidatura em 2018, resultaram na eleição de Bolsonaro, permitindo que a extrema-direita chegasse ao Planalto.
 
Seis anos depois do impeachment, o Ministério Público Federal arquivou o inquérito que apurada as ‘pedaladas fiscais’, argumento usado pelos golpistas para derrubar a presidenta.
 
Outra articuladora do impeachment, a advogada Janaina Paschoal, deputada estadual (SP) mais votada em 2018, concorreu ao Senado mas conseguiu apenas 2% dos eleitores.
 

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