Prazer!
Meu nome é Raphael Paiva, tenho 26 anos e me tornei fã de Madonna através desta
turnê no ano de 2006, quando este show estava sendo transmitido em um canal por
assinatura. A pergunta que me fiz foi “O que esta senhora está fazendo?”. Eu
fiquei chocado com a postura no palco, a forma de se entregar, o jeito
carinhoso de tratar o público e toda a dinâmica de show que eu nunca tinha
visto antes. A partir deste dia, tornei-me fã de Madonna.
"Quero
transformar o mundo numa gigantesca pista de dança."
[Madonna]
Madonna
neste espetáculo consegue misturar tudo em um só: voz, uso de instrumentos,
dança espontânea (ex.: Let it will be), coreografias, dinâmica no palco, dinâmica
com os dançarinos (ex.: Ray of light), sexualidade, erotismo, religião e polêmica
(ex.: Live to tell). Madonna volta ao anos 70 com louvor e faz do Grupo ABBA e John
Travolta (Embalos de Sábado a Noite) suas bases para o quarto bloco (Disco).
O
que eu admiro em Madonna é o fato de nunca estar constante. A cada ano, a cada
disco, a cada show, temos novidades, temos algo diferente a assistir. Tendo
como base as três primeiras turnês de Madonna e as três do novo milênio, hoje
eu analiso ‘The Confessions Tour’ como a ‘Blond Ambition Tour’ dos anos 2000.
Por qual motivo? Madonna vai subindo, subindo, subindo, até que chega ao ápice.
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The Virgin Tour:
“Entrei
no cenário musical. Sigo ordens! Deixa eu fazer tudo direito para não ser
expulsa!”
-
Who’s that Girl World Tour:
“Opa!
Posso sair um pouco do script, até por que já sou conhecida e eles gostam de mim!”
-
The Blond Ambition World Tour:
“Eu
mando! Eu sou a Rainha!”
-
Drowned World Tour:
“Voltei!
Não vou pular muito para eles não se assustarem!”
-
Re Invention Tour:
“Já
voltei! Agora deixa eu repenetrar no cenário mundial!”
-
The Confessions Tour:
“A
Rainha voltou!”
Vocês
podem não ter a ‘Blond Ambition Tour’ e a ‘The Confessions Tour’ como
preferidas, mas, indiscutivelmente, elas são as diferenciais na carreira de
Madonna.
Madonna
soube crescer com os pés no chão. Ela soube criar as polêmicas nos momentos
certos, oportunos. Ela soube jogar com a crítica. Ela não saiu criando músicas
e lançando a toa. Imaginem se ela tivesse lançado ‘Erotica’ em 1984, ao invés
de ‘Like a virgin’!? Provavelmente não teria dado certo, pois não fazia sentido
jogar um álbum de teor erótico/romântico nos anos 80. Imaginem se Madonna
tivesse feito um ‘MDNA Tour’ no ano de 2001 ao invés da ‘Drowned Tour’!?
Provavelmente não teria dado o retorno merecido por cada ano de trabalho. Cada
ano tem um contexto diferente e cada álbum foi muito bem explorado por Madonna.
Voltando
à turnê das Confissões, ela se divide em 4 blocos que se unem precisamente e
sem serem cansativos. Preciso destacar alguns pontos:
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O show já começa com o globo descendo e Madonna saindo. Que abertura magnífica!
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Depois de 13 anos, temos a volta de ‘Like a Virgin’, mostrando que o trabalho
de Madonna não envelheceu e continua vivo em seus fãs.
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O cenário para a performance de ‘Jump’.
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A polêmica crucificação de Madonna que faz menção à pobreza na África:
“Um
país chamado Malawi, na África, é o tema para a luta contra pobreza divulgada
por Madonna na turnê. É o segundo país mais pobre do mundo e sofre com a
pobreza, doenças, abandono e quase todos são infectados pela AIDS, sífilis,
malária etc. Com cerca de 12 milhões de habitantes, 30% são crianças infectadas
com AIDS e vivem na miséria. Madonna e o Centro de Kabbalah doaram 3 milhões de
dólares ao projeto "Raising Malawi" para iniciar uma ajuda no país.
Também é previsto a construção de um orfanato para as crianças que perderam
seus pais.”
[Fonte: MadonnaOnline]
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‘Like it or not’: Quer deixar Madonna feliz? Deem uma cadeira! Quando me
perguntam porque gosto de Madonna ou por que acho que ela é Rainha do Pop eu
simplesmente respondo: “Uma mulher que consegue agitar o povo com uma cadeira e
uma microfone, merece o título de rainha!”
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A espontaneidade de ‘Lei it will be’.
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‘Music Inferno’: para mim, a melhor versão de ‘Music’. A coreografia com patins
e a roupa de ‘Embalos de Sábado a Noite’. Tudo precisamente definido.
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‘Erotica/You Thrill Me’: Madonna traz de volta a demo e em uma única música
consegue misturar sensualidade, erotismo e balé.
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‘La isla bonita’: para mim, a melhor performance até hoje. Tem também a da
‘Stick and Sweet Tour’, que é magnífica, mas ainda prefiro esta.
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Dizem que em toda turnê nova (pós-2000), Madonna pega uma música boa e estraga.
Sinceramente, ‘Lucky Star’ me confirmou isto. Em minha opinião, ficou sem
sentido. Madonna vai crescendo no palco. No êxtase, parece que ela diz/pensa
assim ‘Ah! Vou descansar um pouco!”, e coloca ‘Lucky Star’.
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Finaliza o show com chave de ouro ao som da gloriosa ‘Hung Up’.
Em resumo: é um show que vale a pena ser assistido! Não só assistido... ele deve ser apreciado. Cada parte do show deve ser degustado.
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