BOLSONARO QUER MUDAR A LEI DA FICHA LIMPA!
Bolsonaro não está preocupado com Lei da Ficha Limpa, 'perseguição à direita' e com a corrupção. Ele foi bem claro que quer mudar de 8 para 2 anos para ele poder se candidatar. É claro que alguns pontos ele tem razão: Dilma não inelegível e Lula Presidente. Mas ele faz parte do sistema assim como os outros.
MATÉRIA DO PORTAL G1
BOLSONARO ARTICULA MUDAR FICHA LIMPA NO
CONGRESSO PARA DRIBLAR INELEGIBILIDADE
Aliados do ex-presidente no Senado e Câmara
articulam aprovação de um projeto de lei que reduz de oito para dois anos a
punição; texto tende a ter simpatia de outros partidos.
Por Juliana Braga, Andréia Sadi
04/02/2025 04h00 Atualizado há 6 dias
Em frente paralela ao projeto da anistia ao 8
de janeiro, a oposição decidiu apostar na articulação da alteração na Lei da
Ficha Limpa para reduzir a inelegibilidade de oito para dois anos. De autoria
do deputado Bibo Nunes (PL-RS), a proposta diz que o prazo passa a contar a
partir da eleição que ensejou a punição e abre caminho para o ex-presidente
Jair Bolsonaro (PL) disputar a eleição para presidente em 2026.
A mudança de rota visa a ganhar a simpatia de
outros partidos, já que inelegibilidade atinge políticos de todas as matizes. O
projeto já traz a assinatura de 73 deputados, a maioria do PL, mas também do
MDB, Patriota, PP, PSD e Republicanos, partido do novo presidente da Câmara,
Hugo Motta (Republicanos-PB).
A estratégia conta com aval da família do
ex-presidente, que tem representantes no Senado, como o senador Flávio
Bolsonaro (PL-RJ).
A proposta foi revelada pelo
"Antagonista" e confirmada pelo blog.
Embate com Judiciário
Se avançar, a medida será mais um capitulo do
embate entre Congresso e Judiciário, já que Bolsonaro ficou inelegível por uma
decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Como projeto eleitoral, a estratégia de
Bolsonaro – até aqui – é registrar a candidatura no TSE e esticar a bandeira de
que é o único plano da direita até onde der.
Para destravar as negociações, o PL abriu mão
de indicar o presidente da Comissão da Constituição e Justiça (CCJ), posto a
que teria direito tradicionalmente por ter a maior bancada. Com um nome mais
neutro, há a expectativa de que pautas da direita tenham menos dificuldade.
A avaliação é de que sob o comando de
Caroline de Toni (PL-SC), fiel bolsonarista, todos os debates já iniciavam
contaminados pela polarização. Pelas negociações no momento, a presidência da
CCJ deve ser indicada pelo MDB.
O relator da proposta é o deputado Filipe
Barros (PL-PR). Ele disse que foi designado no final de 2024 e que deve iniciar
as articulações somente quando as comissões forem definidas. Ainda não há
clareza se ele permanecerá na CCJ, condição para que ele mantenha a relatoria.
Link da Matéria: https://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/2025/02/04/bolsonaro-articula-mudar-ficha-limpa-no-congresso-par a-driblar-inelegibilidade.ghtml