GOLPE OU INTERFERÊNCIA MILITAR FEDERAL
"EU VIM DE GRAÇA!"
“Se eu errar, o PT volta!” (Bolsonaro,
02/11/2018)
“E se tiver que votar pra absolver o
Lula no processo, que vote. Ou tudo quando se acusam uma pessoa, tudo que ela é
acusada, passa a ser verdadeiro?” (Bolsonaro, 24/12/2020)
E no dia 30 de outubro de 2022,
aproximadamente 19h30min, Luís Inácio LULA da Silva foi eleito pela 3ª vez
Presidente da República Federativa do Brasil com 50,9% dos votos (60.345.999).
É triste ver um homem que tinha tudo
para ser o melhor Presidente do país não conseguindo se reeleger. Um homem que
começou a comandar com um Ministério de qualidade, pessoas qualificadas. Um homem
que não se curvava à máquina estatal e não comprava votos, que não jogava a politicagem
do toma lá dá cá. Mas, infelizmente, entrou no poder e teve que se juntar ao
sistema sujo que é a politicagem brasileira. (Na verdade, se formos analisar
mais a fundo, Bolsonaro sempre participou do sistema, visto que ele foi
deputado por 30 anos.) Bolsonaro perdeu as eleições 2022 por ter sido um
péssimo Presidente, traindo suas pautas e compromissos de campanha e se
vinculado ao pior que existe na política em prol de uma possível
governabilidade.
Dentre os muitos erros, diga-se ‘traições’,
destaco:
- sancionou o fundão eleitoral;
- sancionou o juiz de garantia;
- sancionou a limitação da delação
premiada;
- sancionou o pagamento de advogados com
dinheiro do fundo partidário;
- nomeou Augusto Aras, crítico da Lava
Jato, para a PGR, este que é um dos nomes para continuar durante o governo
Lula;
- nomeou André Mendonça, amigo de
Toffoli, para Ministério da Justiça;
- nomeou José Levi, amigo de Gilmar
Mendes, para AGU;
- nomeou líderes do Centrão para a
Câmara e para o Senado;
- aliou-se ao Centrão, fazendo
negociações bilionárias, entregando cargos para réus na Lava Jato e
mensaleiros;
- Admar Gonzaga, ex-advogado de Dilma Rousseff,
nomeado para Secretário-Geral do Aliança pelo Brasil;
- ocultou os gastos milionários do
Cartão Corporativo, descumprindo compromisso de campanha de transparência;
- descumpriu compromisso de campanha de
fechar a rede estatal de televisão EBC, criada por Lula;
- interferiu politicamente da Polícia
Federal.
Resultado: perdeu as Eleições.
Ontem, dia 01º/11/2022, fez um pronunciamento,
em Brasília, de aproximadamente dois a três minutos, onde agradeceu aos 58
milhões de votos e aceitou a derrota, mesmo que timidamente. Condenou atos
violentos, dizendo que quem assim o faz, se iguala à esquerda. Além disso,
disse que sempre seguiu as quatro linhas da Constituição. Disse que as manifestações
nas rodovias são “fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu
as últimas eleições”.
Sabe no que vai resultar estas
manifestações de hoje? Em nada. E você que foi a alguma manifestação está sendo
usado como massa de manobra. Bolsonaro sabe que acabou, que não tem mais nada o
que fazer, que não teve fraude. Ele sabe que não tem nada o que provar sobre as
urnas. A esperança de Bolsonaro é ter desordem, baderna, ter uma guerra civil.
Ele entraria como herói e as Forças Armadas tomariam o poder.
E outro ponto: cadê os bolsonaristas nas
manifestações pedindo intervenção federal? Cadê Nikolas Ferreira? Cadê Carla
Zambelli? Cadê Hélio Negão? Não estão, porque não convém. Eles não vão pôr em
xeque a candidatura deles.
Só avisando aos manifestantes que as 72
horas já passaram. O que foi feito? Nada! O que será feito? Nada! Aceita:
Bolsonaro perdeu por ter sido um péssimo Presidente, traindo suas pautas e
compromissos de campanha e se vinculado ao pior que existe na política em prol
de uma pseudo governabilidade. E, para terminar, o que Bolsonaro aprovou no
Congresso com essa ‘governabilidade’!? Nada.
Acordem!
Rio de Janeiro, 02 de novembro de 2022
Raphael Paiva
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