sexta-feira, 2 de julho de 2021

É #FAKE vídeo em que mulher diz que mais de 500 pessoas morreram após tomar vacina contra a Covid-19 no país

É #FAKE vídeo em que mulher diz que mais de 500 pessoas morreram após tomar vacina contra a Covid-19 no país

Números citados em português são referentes a dados enviados ao sistema de notificações do governo norte-americano e que não são confirmados pelas autoridades de saúde dos EUA.

Por Roney Domingos, G1
 
04/03/2021 20h08  Atualizado há 3 meses

Circula pelas redes sociais um vídeo em que uma mulher diz, em português, que mais de 500 pessoas morreram após tomar a vacina contra o novo coronavírus e que outras 11 mil tiveram algum tipo de reação adversa no período de 45 dias. A legenda do vídeo diz: "501 pessoas morreram após tomar a vacina contra Covid". É #FAKE.
 
Em dado momento, a mulher recomenda entrar no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para olhar todo o relatório das vacinas que são empregadas no Brasil, o que sugere que os números citados são relacionados ao Brasil.
 
No entanto, a Anvisa deixa claro que os dados públicos de notificações do uso de vacinas para Covid-19 não indicam qualquer relação das vacinas com eventos adversos graves ou óbitos no país.
 
A agência reafirma o mencionado nesta semana ao desmentir uma mensagem falsa sobre a morte de 26 pessoas após vacina no Brasil. "Não temos óbitos relacionados ao uso da vacina. Esta fake news sobre 501 mortes circulou nos EUA primeiramente."

Dados do Vaers
Os dados mencionados no vídeo foram citados em um texto da publicação The Defender, ligada ao advogado e militante antivacina Robert F. Kennedy Jr, que citou o levantamento em seu perfil verificado no Twitter.
 
Os números citados no levantamento são extraídos do Sistema de Notificação de Eventos Adversos de Vacinas (VAERS) do Centro de Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC). Mas eles não são dados finais, tampouco confirmados pelas autoridades de saúde.
 
O próprio Vaers deixa claro, em seu site, que é um sistema de relatório passivo, o que significa que depende de indivíduos que podem enviar relatórios de suas experiências ao CDC e à FDA (Food And Drug Administration), equivalente à Anvisa brasileira.
 
"Qualquer pessoa pode relatar um evento adverso ao VAERS. O VAERS não foi projetado para determinar se uma vacina causou um problema de saúde, mas é especialmente útil para detectar padrões incomuns ou inesperados de notificação de eventos adversos que podem indicar um possível problema de segurança com uma vacina. O VAERS pode fornecer ao CDC e à FDA informações valiosas de que trabalho e avaliação adicionais são necessários para avaliar uma possível preocupação de segurança."

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