Mulher de Poze do Rodo é alvo de operação contra lavagem
de dinheiro da cúpula do Comando Vermelho
Engrenagem da qual Vivi Noronha é suspeita de participar
movimentou R$ 250 milhões. O Conselho de Controle de Atividades Financeira
(Coaf) identificou depósitos nas contas pessoal e empresarial de Vivi oriundos
de supostos laranjas de Professor, fornecedor de armas do CV que morreu no
domingo (1º).
Por Adriana Rezende, Felipe Freire, Leslie Leitão, TV
Globo
03/06/2025 06h07 Atualizado há 2 horas
A influenciadora Vivi Noronha, mulher do MC Poze do Rodo,
é alvo nesta terça-feira (3) de uma operação da Polícia Civil do RJ contra a
lavagem de dinheiro da cúpula do Comando Vermelho (CV). O esquema investigado
era operado pelo traficante Fhillip da Silva Gregório, o Professor, morto no
domingo (1º) — entenda como Professor lavava dinheiro e por que Vivi é alvo
mais abaixo.
A polícia afirma que essa engrenagem movimentou R$ 250
milhões. Policiais civis das delegacias de Roubos e Furtos (DRF) e de Repressão
a Entorpecentes (DRE), além do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao
Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), foram cumprir mandados de
busca em endereços no Rio de Janeiro e em São Paulo.
A Justiça também expediu ordens de bloqueio e
indisponibilidade de bens e valores de 35 contas bancárias.
O g1 tenta contato com a defesa de Vivi.
CONTEXTO
Esta investigação não tem relação direta com o inquérito
que levou Poze à cadeia. O MC foi preso na quinta-feira passada (29) por
apologia ao crime e por envolvimento com o tráfico de drogas. Nesta
segunda-feira (2), a Justiça mandou soltá-lo — mas, até a última atualização
desta reportagem, o cantor ainda estava encarcerado.
E a morte de Professor inicialmente não tem a ver com a
lavagem de dinheiro do CV. A principal hipótese é que o traficante tirou a
própria vida após uma briga com a amante.
POR QUE VIVI É ALVO?
Agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) e da
Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) foram ao condomínio onde o cantor
mora com Vivi, no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a
fim de cumprir um mandado de busca
O Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf)
identificou depósitos nas contas pessoal e empresarial de Vivi oriundos de
supostos laranjas de Professor.
De acordo com o Coaf, Vivi recebeu quase R$ 1 milhão de
pessoas investigadas como laranjas do Professor. Foram 2 transferências:
- R$ 858 mil para a conta da empresa de Vivi;
- R$ 40 mil para a conta pessoal.
“Ela [Vivi] e sua empresa figuram como beneficiárias
diretas de recursos oriundos da facção Comando Vermelho, recebidos por meio de
pessoas interpostas (“laranjas”) com o objetivo de ocultar a origem ilícita do
dinheiro”, afirmou a polícia.
“As análises financeiras apontam que valores provenientes
do tráfico de drogas e de operadores da lavagem de capitais da facção foram
canalizados para contas bancárias ligadas à mulher, que passou a ser um dos
focos centrais do inquérito”, prosseguiu.
“A posição dela na estrutura criminosa é simbólica, pois
representa o elo entre o tráfico e o universo do consumo digital, conferindo
aparente legitimidade a valores oriundos do crime organizado e ampliando o
alcance da narcocultura nas redes sociais.”
COMO ERA O ESQUEMA DO PROFESSOR?
Segundo as investigações, Fhillip da Silva Gregório, o
Professor, montou uma extensa rede de laranjas e de empresas de fachada e
depositava nessas contas o dinheiro obtido com o tráfico.
Em uma série de transferências, as quantias chegavam a
intermediários em Ponta Porã (MS) para a compra de armas e drogas para o
Comando Vermelho.
A polícia diz que a morte de Professor não compromete o
andamento do inquérito nem interfere nas medidas judiciais em curso. “Mesmo com
sua morte, permanece clara sua importância dentro do esquema, sobretudo na
consolidação da cultura do tráfico e na estruturação de empresas de fachada
para dar aparência de legalidade ao dinheiro sujo”, afirmou a polícia.
Mulher de Poze do Rodo é alvo de operação contra lavagem
de dinheiro da cúpula do Comando Vermelho
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