Isaac Alfaiate |
con.ser.var
(lat conservare) vtd 1 Manter no mesmo estado ou lugar: Conservar a pureza. Procurava conservar a amizade com os seus pares. "Só é grande o que Deus conserva grande!" (Porto Alegre). vtd 2 Fazer durar, impedir que acabe ou se deteriore: Conservar alimentos. Conservar carne ao sol ou no gelo. vtd 3 Continuar a ter: Conservou os ensinamentos de seu extremoso pai. vpr 4 Durar, manter-se: Se a vontade é frouxa, pouco tempo se conserva o estímulo para qualquer empreendimento. vtd 5 Reter (a lembrança, a memória, o calor, os indícios etc.). vtd 6 Guardar cuidadosamente, ter em seu poder: Conserva carinhosamente a biblioteca do pai falecido. vtd 7 Preservar: Conservar a existência, a vida. vpr 8 Continuar com boa disposição física, não perder a beleza nem as forças: Ela conserva-se ainda muito atraente. vpr 9 Continuar, ficar, permanecer: Conservam-se mudos ante o interrogatório do juiz. vtd 10 Amparar, salvar. vpr 11 Fazer jogo sem se descobrir (no gamão).
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"Esse" é usado para retomar um termo, uma ideia ou uma oração já mencionados, como no exemplo a seguir: "A Terra gira em torno do Sol. Esse movimento é conhecido como translação". "Este", por sua vez, introduz uma ideia nova, ainda não mencionada, como podemos observar na frase "Este argumento de que os homens não choram é ultrapassado".
"Este" também pode indicar proximidade do falante, enquanto "esse" nos dá a ideia de proximidade do ouvinte. Vejamos as frases: a) "Este sapato me pertence", b) "Quando você comprou esse sapato que está usando?". Em (a), o sapato é de quem fala e, portanto, está mais próximo dele. Em (b), o sapato é do ouvinte.
Os dois termos são classificados pela gramática como pronomes demonstrativos e são usados quando o falante quer esclarecer a identidade de um referente (nome), retomar conteúdos e localizá-lo no tempo e no espaço. Entre essas funções, a mais importante é a de retomar ideias já mencionadas e ajudar na articulação do texto. A regra é basicamente a mesma para "deste" e "desse", "isto" e "isso" e "disto" e "disso".
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Consultoria Sandra Quarezemin, doutora em Linguística e professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
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