Vista
para o mar, piscina, 4 suítes e quarto de empregada: saiba como é a cobertura
de R$ 9 milhões onde Collor cumpre prisão domiciliar
Apartamento
na orla de Maceió foi penhorado em 2024 para pagar dívida da Justiça do
Trabalho. Após decisão do STF, ex-presidente irá cumprir pena em casa, com
tornozeleira eletrônica.
Por
Paula Paiva Paulo, Nayara Felizardo, Cau Rodrigues
03/05/2025
05h00 Atualizado há 3 semanas
Vista
para o mar de Maceió, piscina privativa, bar, quatro suítes e um quarto de
empregada - tudo isso em uma área de 600 metros quadrados. Assim é a cobertura
duplex que servirá de prisão domiciliar ao ex-presidente Fernando Collor de
Mello. Ele deixou a prisão nesta quinta-feira (1º) após decisão do ministro
Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O imóvel foi penhorado em novembro
de 2024, para servir de garantia para pagar uma dívida trabalhista de R$ 264
mil com um ex-funcionário da TV Mar, empresa que faz parte do grupo de mídia ligado
a Collor. De acordo com a Justiça do Trabalho de Alagoas, o apartamento estava
avaliado em R$ 9 milhões seis meses atrás.
O
g1 teve acesso às informações que constam no processo com detalhes de como é o
apartamento de luxo. Ele fica no 6° andar do Edifício Residencial Chateau
Larousse, na Avenida Álvaro Otacílio, área nobre do bairro Jatiúca.
O
condomínio oferece cinco vagas de garagem para estacionamento de veículos de
passeio de porte médio.
De
acordo com as informações do processo, o imóvel tem um primeiro pavimento com
varanda, sala de estar, gabinete, galeria, sala de jantar, lavabo, adega,
espaço para circulação, um espaço de estar íntimo (ideal para atividades
relaxantes), três suítes (sendo uma máster), rouparia, despensa, copa/cozinha,
área de serviço, depósito e o quarto de empregada com banheiro.
Uma
escada dá acesso ao pavimento superior, onde Collor tem à sua disposição mais
uma suíte, outro ambiente de estar íntimo, piscina, dois terraços (um coberto e
outro descoberto), jardineiras, bar e dois banheiros.
Em
2022, quando foi candidato ao governo de Alagoas, o apartamento não constava na
declaração de bens à Justiça Eleitoral. Já em 2018, sim. Ele estava avaliado em
R$ 1,8 milhão e foi declarado como adquirido em 2006.
O
apartamento ficará penhorado até fevereiro de 2028, quando todas as parcelas do
acordo trabalhista forem pagas. Em caso de descumprimento, poderá ir a leilão.
Além
desse imóvel em Maceió, Collor já teve uma mansão penhorada em Campos do
Jordão, também para garantir o pagamento de uma dívida trabalhista.
Prisão
domiciliar com restrições
Condenado
a 8 anos e 10 meses por corrupção e outros crimes investigados na Lava Jato,
Collor estava detido em uma cela especial em Alagoas, seu estado de origem,
desde a última sexta-feira (26), quando Moraes determinou o início do
cumprimento da pena após o trânsito em julgado.
A
mudança de regime foi autorizada após a defesa comprovar, com mais de 130
exames, que Collor tem Parkinson desde 2019 e sofre de outras comorbidades,
como privação crônica de sono e transtorno bipolar.
O
ex-presidente, que tem 75 anos, usará tornozeleira eletrônica e terá a
visitação restrita a advogados. Também está proibido de deixar o país e teve
seus passaportes suspensos.
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para o mar, piscina, 4 suítes e quarto de empregada: saiba como é a cobertura
de R$ 9 milhões onde Collor cumpre prisão domiciliar
https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/05/03/vista-para-o-mar-piscina-4-suites-e-quarto-de-empregada-saiba-como-e-a-cobertura-de-r-9-milhoes-onde-collor-cumpre-prisao-domiciliar.ghtml