PF
apreendeu cerca de R$ 400 mil em flat usado por Sóstenes durante busca e
apreensão
Deputado
é alvo de mandados de busca e apreensão em operação que investiga desvio de
recursos de cota parlamentar para empresas de fachada, entre elas, uma locadora
de veículos. Ele se diz vítima de perseguição judicial.
Por
Isabela Camargo, Márcio Falcão, Fábio Amato, TV Globo — Brasília
19/12/2025
08h35 Atualizado há 16 minutos
A
Polícia Federal (PF) apreendeu cerca de R$ 400 mil em espécie em um endereço
ligado ao deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), em Brasília, segundo
informações obtidas pela TV Globo.
O
dinheiro foi encontrado durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão
da Operação Galho Fraco, realizada nesta sexta-feira (19), que também mira o
deputado Carlos Jordy (PL-RJ).
Segundo
a PF, há indícios de que as cotas parlamentares de Sóstenes e de Jordy foram
desviadas e utilizadas para cobrir "despesas inexistentes" e
"irregulares". Os deputados são suspeitos de desviar verba pública para
empresas de fachada, entre elas, uma locadora de veículos.
No
caso de Sóstenes, os investigadores informaram que o valor em espécie estava
dentro de um saco preto, encontrado em um armário no flat usado pelo deputado,
na capital federal (veja nas imagens mais abaixo).
A
jornalistas, o deputado afirmou que os R$ 400 mil têm origem na venda de um
imóvel e que ele é vítima de uma perseguição judicial (leia mais abaixo).
Em
dezembro do ano passado, a PF deflagrou uma operação semelhante, que mirou
assessores dos parlamentares. Segundo informações do blog da Camila Bomfim, no
g1, o material apreendido deu embasamento para a operação desta sexta, mirando
os próprios deputados.
A
operação foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal
(STF).
🔎 Cota parlamentar é um valor mensal em
dinheiro que deputados e senadores recebem do orçamento público para cobrir
despesas ligadas diretamente ao exercício do mandato, como passagens aéreas,
hospedagens, alimentação, manutenção de escritório e contratação de
consultorias, por exemplo. É um recurso extra, além do salário.
O
QUE DIZEM OS DEPUTADOS
Sóstenes
afirmou que os cerca de R$ 400 mil, encontrados em dinheiro vivo, têm origem na
venda de um imóvel.
Em
entrevista a jornalistas, o deputado do PL disse que recebeu o valor
recentemente e que não depositou a quantia em um banco em razão da
"correria de trabalho" e que isso foi um "lapso".
"Eu
vendi um imóvel e recebi, dinheiro lacrado, tudo normal. É uma venda de um
imóvel que estará, já está o imóvel declarado no meu Imposto de Renda, tudo,
não tem nada de ilegalidade quanto a isso", afirmou Sóstenes.
Durante
entrevista a jornalistas, o líder do PL também afirmou que é vítima de uma
perseguição judicial e que não tem "nada a temer"
O
deputado Carlos Jordy publicou uma nota e um vídeo nas redes sociais dizendo
ser vítima de perseguição. Ele afirmou ainda que a empresa citada é usada por eles
desde o início do mandato.
Veja
a íntegra da nota do deputado Jordy:
"No
dia de hoje, endereços ligados a mim e ao líder do meu partido, deputado
Sóstenes Cavalcante, foram alvo de buscas da Polícia Federal, autorizadas pelo
ministro Flávio Dino.
As
diligências são um desdobramento de buscas realizadas em dezembro do ano
passado e teriam como foco supostas irregularidades no aluguel de veículos do
meu gabinete. Uma das alegações é que a empresa contratada — da qual sou
cliente desde 2019 — possuiria apenas cinco veículos. Se o contrato existe há
anos, o que a operação anterior não encontrou para justificar nova ação agora?
Não
cabe ao parlamentar fiscalizar a frota ou a estrutura interna da empresa
contratada, mas sim contratar o serviço mais eficiente e pelo menor custo, como
sempre fiz.
É
inadmissível, em uma democracia, que a Polícia Federal seja usada para
intimidar parlamentares da oposição. Buscas contra deputados exigem indícios
concretos de crimes graves e a atuação de autoridades imparciais.
Causa
estranheza que eu e o deputado Sóstenes, justamente quando investigamos o roubo
de bilhões do INSS, tenhamos endereços violados e documentos apreendidos
enquanto exercemos nosso dever constitucional de fiscalização.
Seguirei
firme na oposição e na CPMI do INSS. Essas ações não irão me intimidar nem
interromper meu trabalho em defesa dos aposentados".
Link
da reportagem: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/12/19/pf-encontrou-cerca-de-r-400-mil-em-dinheiro-no-flat-de-sostenes-durante-busca-e-apreensao.ghtml?utm_source=whatsapp&utm_medium=canais&utm_campaign=g1




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