JMJ tem custo de R$ 50 milhões com segurança
- Ministro defende integração, e prefeito, agora, dá nota dez à JMJ
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RIO - O aparato de segurança para proteger o Pontífice durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) pode ter consumido cerca de R$ 50 milhões, informaram os ministérios da Defesa e da Justiça. Os recursos extras foram usados principalmente no transporte dos dois papamóveis de Roma para o Rio, com comida para alimentar a tropa mobilizada por mais de uma semana e com os helicópteros que transportaram o Papa e sua comitiva na cidade e em Aparecida.
O esquema de segurança da JMJ foi dividido em três níveis: defesa, segurança e inteligência, esta última controlada pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Desde 2011, o governo federal transferiu aos ministérios da Defesa e da Justiça R$ 1,8 bilhão para os gastos com a segurança dos grandes eventos. Além da JMJ, entraram no pacote a Copa das Confederações (que aconteceu este ano), a Copa do Mundo (ano que vem) e as Olimpíadas do Rio em 2016.
No domingo, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, atribuiu o sucesso na segurança da Jornada à integração entre forças municipais, estaduais e federais.
— Segurança pública se faz com muita integração. Ou seja, quando a Polícia Federal, as polícias estaduais, as guardas municipais e as Forças Armadas sentam, planejam, decidem e executam juntas, a coisa é bem-sucedida — disse Cardozo.
No sábado, Paes defendeu que a prefeitura centralize as decisões sobre a organização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. E, ontem, ele disse que a prefeitura estava mais perto da nota 10 do que de zero, em uma alusão a declarações anteriores sobre os erros cometidos.
— A Jornada foi um sucesso absoluto — acredita o prefeito.
Cardozo admitiu que houve falha na chegada do Pontífice à cidade, quando sua comitiva ficou presa em um engarrafamento. Segundo o ministro, o legado que fica para os próximos eventos, como Copa e Olimpíadas, é que a polícia deve atuar de forma integrada:
— Tirando aquela situação do primeiro dia, de descompasso de informações entre o comando da segurança e a prefeitura, o resto foi perfeito. O Papa andou sem carro blindado, sem papamóvel blindado, parou nos locais que quis e não ocorreu absolutamente nada, tanto na segurança dele como na do evento como um todo.
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