quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Argentina e o aborto

Argentina e o aborto

Além de desferir ataques ao governo da Argentina, Bolsonaro divulgou informações falsas sobre a gestão de Fernández. O presidente não anunciou nenhuma medida ligada ao aborto nas últimas semanas.
 
A proposta de legalizar e regulamentar a interrupção da gravidez, de fato, consta entre as promessas de campanha de Fernández. Em março, o presidente da Argentina chegou a anunciar que enviaria um projeto sobre o tema ao Congresso.
 
Dias depois, com o início da pandemia do novo coronavírus, o assunto ficou paralisado. No fim de setembro, grupos de defesa dos direitos das mulheres protestaram em Buenos Aires para cobrar o envio do projeto de lei.
 
No último dia 30, segundo divulgou o jornal "Clarín", a ministra de Mulheres, Gênero e Diversidade da Argentina, Elizabeth Gómez Alcorta, afirmou em entrevista que "não está descartado" o envio do projeto ainda em 2020.
 
O projeto de lei, segundo ela, está pronto desde a declaração presidencial em março, e a decisão final caberá ao parlamento argentino – que, assim como o brasileiro, teve a rotina alterada pela Covid-19.
 
Em 2018, ainda no governo Macri, uma proposta de legalização foi aprovada pela Câmara da Argentina, mas rejeitada no Senado.
 
"A penalização do aborto fracassou como política. Mulheres morrem por abortos clandestinos, e outras ficam com graves sequelas de saúde", disse Fernández em declaração no fim de setembro, também divulgada pelo "Clárin".
 
Na Argentina, cerca de 400.000 abortos clandestinos são realizados todos os anos, de acordo com organizações de direitos das mulheres.

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