Express Yourself

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EXPRESS YOURSELF! DON'T BACK DOWN! “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.” [1 TIMÓTEO 01:15]

quarta-feira, 10 de setembro de 2025

METRÔ RIO PAROU E O CARIOCA SE REBELOU!

METRÔ RIO PAROU E O CARIOCA SE REBELOU!


Ontem (09/09/2025), devido à falha no fornecimento de energia elétrica, o Metrô Rio parou de rodar entre as estações de Pavuna e Maria da Graça (Linha 2). E, logicamente, virou um caos a volta para casa depois de mais um dia cansativo de trabalho. Muitos trabalhadores desceram em Maria da Graça para pegar outra condução para casa.
 
Eu peguei o ônibus 629, mais conhecido como ‘meia vinte morte’. E é inacreditável como muitas pessoas se comportam como animais. As pessoas entravam sem esperar outros saírem. Muitos aproveitaram a confusão para entrar sem pagar. Outros, ao ver o ônibus parado, forçavam a porta para abrir. Ônibus lotado, obviamente que o motorista não conseguia dar 100% de seu trabalho. Quando ele não parava no ponto, gritos de ‘FDP’, ‘Viado!’, ‘Arrombado!’ entre outros eram proferidos. O motorista em questão levou de boa e ainda zoava. Observa-se claramente que o brasileiro, com destaque para o carioca, com seu jeitinho tosco de ‘malandro’, não merece ter o melhor.
 
Eu fiz um vídeo há uns anos mostrando a diferença nas estações de metrô na Cidade do Rio de Janeiro. Como exemplo, disse que na estação Engenho da Rainha tem duas escadas normais, um elevador, não tem banheiro, não tem escada rolante, não tem nada. É o básico. Como diz um meme: ‘Este é o mínimo e este será o máximo!’. Quando nos dirigimos à estação General Osório (Ipanema), ela tem três andares construídos nas pedras, elevadores, banheiros, quadros, sofás, escadas rolantes horizontais e verticais, música tocando. E eu questionei o porquê de lá ter e na Zona Norte não. A resposta é óbvia: uma parte dos brasileiros se comporta como animal. A palavra ‘destruição’ é algo rotineiro. A prefeitura colocou caçambas de lixo em vários pontos da Avenida Dom Helder Câmara, e já estão todas ou quebradas ou pichadas. A prefeitura pinta algum lugar e, minutos depois, já vemos pichações. Nossa cultura é do desprezo ao patrimônio, é da falta de zelo, falta de cuidado. Uma parte da sociedade não vê nada demais em botar fogo em ônibus em manifestações. Uma parte da nossa sociedade não vê nada demais em jogar lixo no chão (e ainda dizem: ‘Estou dando trabalho para o Gari!’).
 
É claro que eu também vejo o lado do ‘pobre’, trabalhador, cansado, que só quer receber seu salário, chegar a casa e ver a família. Mas é inadmissível esta cultura da destruição que temos. E, muitas vezes, isto vem de influenciadores, cantores e artistas, que no palco pregam esta desordem em prol de algum ideal, mas em suas casas não tem um risco na parede.
 
E, para completar o combo, entraram no ônibus dois jovens com aquele jeitinho ‘estranho’: chinelo, boné, roupão camuflado, celular na cintura. Eles talvez não fossem bandidos, mas temos uma cultura também de que ‘se fantasiar e se comportar como bandido’ é ‘estiloso’.
 
A solução? Vou repetir o de praxe: investir em Educação. Infelizmente, nós também temos uma cultura de sexo, onde pessoas fazem filhos e acham que o Estado é responsável pela criação deles. E, pior, quando algum educador tenta dar ensinamento ou alguma ordem, estes responsáveis (que são irresponsáveis) vão à escola refutar o Professor, Pedagogo, Coordenador. Hoje em dia, punição a alunos não é mais visto como punição. Punição é vista como diversão. A Educação deve vir de berço, do lar. Já que em muitos não tem, vamos investir na educação básica. Um grande problema que vejo hoje é que governos acham que investir em Educação é investir só em Universidade. E não! Tem que começar desde o início.
 
Rio de Janeiro, 10 de setembro de 2025
Raphael Paiva

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