Quem é que não se lembra do leão simpático que enaltecia as aberturas da Metro Goldwyn-Mayer com um rugido “ encantador” ? Aquele mesmo leão, que seria / será lembrado como simbolismo usado em praticamente todas as produções do estúdio, ora com o grande rei das selvas, ora somente com a logomarca do canal e seus dizeres dourados remetendo uma ideia ao mesmo tempo clássica e poderosa. Tudo bem! É um bom começo para uma curiosidade peculiar sobre a Metro Goldwyn-Mayer.
Alguém tem ideia sobre um pouco da vida do famoso leão da abertura de filmes, desenhos, seriados e outras produções? Felizmente existem pesquisadores e cinéfilos que nos fazem este trabalho ao mesmo tempo cansativo, porém extremamente prazeroso.
Sobre o leão da MGM, sabe-se que a indústria usou 5 leões diferentes para abrilhantar suas produções no decorrer de mais de 85 anos desde a sua fundação (1924). O primeiro leão chamava-se Slats (1919-1936), foi usado pelo estúdio até os meados de 1928, tendo viajado bastante para promover aquilo que seria um feito inédito de um cunho artístico: um leão em uma abertura televisiva/cinematográfica. As exibições mais clássicas do primeiro leão do estúdio devem-se aos títulos: Lady of the Night, Go West e Show People, com Charlie Chaplin em excelente atuação.Slats foi o primeiro de mais 4 que ainda estariam por vir.
O segundo foi o leão Jackie (1928-1956) que entrou na era pós cinema-mudo. Teve algumas diferenças em torno de aberturas e vinhetas pelo estúdio e produtora, porém sem sombra de dúvidas será mais lembrado por O Mágico de Oz (1939). Inaugurou também vinhetas de filmes como : Dr Jekyll e Mr Hyde, Billy the Kid e Quo Vadis.
O terceiro leão foi Tanner (1934-1956). Possivelmente o mais lembrado deve ser este leão, afinal com ele, o estúdio também usaria o rei das selvas nas animações da indústria cultural cinematográfica, sendo conhecido como definitivamente o Leão de Ouro da era mais brilhante da MGM tratando-se de uma história de infinitos trabalhos notáveis. Pode ser visto em aberturas de desenhos como : Tom & Jerry , Droopy Dog e afins. E filmes como : 2001, Uma Odisséia no Espaço ( Kubrick ) , Dr Zhivago e a franquia do espião mais famoso do mundo: 007 (iniciada contra o satânico Dr Nô).
George, o 4º. Este foi o leão menos usado pelos estúdios da MGM. Ficou no período curto de 1956-1958. Os proprietários do estúdio usaram teses que o leão era diferente dos demais leões, porém o rugido forte e expressivo foi o seu diferencial entre os 3 anteriores. Aberturas: Jailhouse of Rock (Elvis Presley) e Cat on a Hot tin roof (1958) estrelada magistralmente por Elizabeth Taylor e Paul Newman.
Por fim, o último leão dos estúdios da MGM fica a cargo de Leo (1957-2009). Este último foi o leão que pegou a era tecnológica e cyber difusor das redes digitais. Suas aparições em aberturas e vinhetas foram mudando de acordo com o decorrer das produções, para os novos públicos que mudaram desde a trajetória brilhante do estúdio. Leo foi o único leão a ganhar um tratamento de imagem digitalizada pelo estúdio, além de ganhar tons vintages para a produção em si. Aberturas: Polteirgeist, Desesperate Hours , Thelma e Louise e 007 – Quantum of solace ( primeiro filme de uma fase tecnológica do estúdio ) e mais centenas de produções a cargo da Metro.
Infelizmente estes leões, não rugem mais. A MGM – Metro Goldwyn Mayer, entrou com pedido de falência devido às enormes dívidas geradas em decorrer dos tempos. Outras empresas se propuseram a aceitar parcerias, porém basta ao leão mais do que força nesta nova empreitada. Basta um pouco mais que força de vontade para reerguer um gigante da indústria cultural, basta uma palavrinha muito usada neste mundo globalizado: Capitalismo Selvagem ( digno de um rei das selvas ).
Fonte: http://produtoraart7.blogspot.com.br/2011/04/o-leao-da-mgm.html
Visualização: 15 de abril de 2014 as 08:42h
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