Erika
Hilton diz ter sido ingênua após contratar maquiadores em gabinete
Deputada
do Psol nega irregularidades, mas afirma que é preciso ter “cuidado”, porque a
“extrema-direita” cria narrativas para atacar adversários políticos
PODER360
28.jun.2025 (sábado) - 18h48
A
deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) disse que foi “ingênua” no caso dos
maquiadores que foram contratados como assessores de seu gabinete. Ela negou
ter cometido alguma ilegalidade, mas afirmou ser preciso “tomar cuidado” com a
“extrema-direita”. Segundo ela, os opositores usam de narrativas falsas para
atacar adversários políticos.
Erika
Hilton afirmou ter provas de que Ronaldo Hass e Índy Montiel trabalham como
assessores, apesar de, em “acordo pessoal de amigos”, também fazerem serviços
de maquiagem. “Talvez houvesse uma ingenuidade de alguém que não estava agindo
fora da lei, de alguém que não estava cometendo nenhum tipo de crime. Quando a
gente não está fazendo nada que é criminoso ou do qual a gente não precise se
envergonhar no futuro, a gente age com naturalidade”, disse. As declarações
foram dadas em entrevista ao UOL publicada na 6ª feira (27.jun.2025).
“Talvez
por eu ser extremamente combativa e por enfrentar a extrema-direita da maneira
como eu enfrento, eu fui ingênua em não tomar algum tipo de cuidado para não
permitir que narrativas fossem construídas”, declarou a congressista.
A
deputada disse que é jovem, está no 1º mandato federal e tem “entregas muito
importantes que incomodam” os adversários políticos.
“Eu
quero concordar que talvez eu tenha sido ingênua e que a minha ingenuidade é
reflexo da minha tranquilidade. Eu fui ingênua, porque estava tranquila, porque
não achava que tinha o que esconder, não achava que tinha que ter receio, mas a
vida é dura […] Os nossos adversários estão sempre prontos para construir
narrativas e estão desprezando o tempo todo se elas são verdadeiras e se nós
temos provas”, afirmou.
Erika
também foi questionada se “tem erro” ao contratar pessoas que não têm perfil
técnico para atividade legislativa. Leia o que foi questionado e a resposta:
Jornalista
Fabíola Cidral: Algumas pessoas também entendem como um erro. A gente vê
pessoas sendo contratadas ‘porque era meu parceiro de luta, porque era uma
pessoa que eu tinha muito confiança’ e que faltam cargos mais técnicos. Cargos
que sejam de maior transparência. Acha que isso deveria mudar no Congresso
Brasileiro? […] Tem erro aí?
Erika
Hilton: Tem erro, Fabíola. Tem erro no Orçamento secreto. Tem erro nas
contratações. Tem uma série de erros na política que nós denunciamos e combatemos
todos os dias na política.
FUNCIONÁRIOS
DA CÂMARA
A
deputada disse que os 2 assessores são contratados para articulação com
movimentos sociais e não para fazer maquiagem. Afirmou que eles também “quebram
um galho” na produção audiovisual.
Questionada
se Ronaldo Hass e Índy Montiel atuam fazendo maquiagem, a deputada respondeu
que não. “Esses 2 assessores são pessoas da minha confiança. São pessoas LGBTs
e, em determinadas ocasiões, de maneira esporádica, fizeram, sim, fora do nosso
combinado de trabalho, maquiagem em mim”, disse.
Ambos
estão contratados como secretários parlamentares e já maquiaram a congressista
em diversas ocasiões. Segundo o portal da Câmara, Ronaldo Hass recebe
atualmente salário de R$ 9.678,22. Já Montiel tem remuneração mensal de R$
2.126,59.
Ela
já se posicionou anteriormente sobre o caso. Disse que era “invenção” que eles
foram contratados para trabalhar como maquiadores. “Não são trabalhadores para
fazerem maquiagem. Muito pelo contrário, fazem parte do núcleo duro do meu
mandato, com atribuições claras e com trabalho que pode ser comprovado pelas
fotos da Câmara dos Deputados que mostram ele trabalhando na comissão”,
declarou.
Erika
afirmou que a Indy é de Brasília e está frequentemente no Congresso, enquanto
Ronaldo fica em São Paulo.
FLERTE
A
deputada criticou a imprensa por noticiar o caso. Afirmou que foi feita uma
publicação na rede social X (ex-Twitter) que resultou na divulgação nacional.
Sem citar nomes, ela sugeriu que uma pessoa publicou a informação porque não
teve um flerte “correspondido” por um dos assessores envolvidos.
“Não
entendo como que um tweet de uma pessoa qualquer pode embasar, inclusive,
notícias por setores da imprensa, inclusive um tweet de uma pessoa que nós
temos prova que flertava com um desses assessores. Não foi correspondido e se
sentiu autorizado a criar essa alegação de que eu havia contratado
exclusivamente esses assessores para fazer maquiagem em mim”, disse a deputada.
Leia
mais no texto original:
(https://www.poder360.com.br/poder-congresso/erika-hilton-diz-ter-sido-ingenua-apos-contratar-maquiadores-em-gabinete/)
©
2025 Todos os direitos são reservados ao Poder360, conforme a Lei nº 9.610/98.
A publicação, redistribuição, transmissão e reescrita sem autorização prévia
são proibidas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário