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EXPRESS YOURSELF! DON'T BACK DOWN! “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.” [1 TIMÓTEO 01:15]

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

COMO MANIPULAR SEUS ELEITORES? ANÁLISE DO DISCURSO DE ERIKA HILTON NA AVENIDA PAULISTA

COMO MANIPULAR SEUS ELEITORES?
ANÁLISE DO DISCURSO DE ERIKA HILTON NA AVENIDA PAULISTA


I. Que festa linda, festa da democracia, festa do povo brasileiro, festa da justiça, da esperança, da festa daqueles que não se curvam diante de um Congresso canalha, Congresso golpista!
 
Eu não vi a Excelentíssima Deputada Federal Erika Hilton falando de ‘Congresso canalha' quando, em 2024, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados livrou André Janones da acusação de ‘rachadinha', tendo sido o processo arquivado. Áudios de 2019, que foram revelados em novembro de 2023, mostram Janones pedindo parte do salário de funcionários de seu gabinete na Câmara.
 
Na verdade, a massa não se aprofunda nos acontecimentos da política brasileira. Logo, é facilmente enganada por politiqueiros, como Erika Hilton e Nikolas Ferreira.
 
II. Ditadura militar
 
A Ditadura Militar foi um triste período na história do Brasil. Quem questionava o governo era silenciado, censurado, torturado e até morto. Porém, vale ressaltar que a violência não partiu só dos militares. Como exemplo, cito Capitão Carlos Lamarca.
 
Um dos maiores nomes da guerrilha no Brasil foi o Capitão Carlos Lamarca, militar carioca envolvido com a luta armada contra a ditadura nos centros urbanos. Conhecido como grande atirador, Lamarca iniciou sua vida pública no exército e lá ganhou grande destaque por sua competência.
 
Em 25 de janeiro de 1969, pouco tempo depois do decreto do AI-5, Lamarca, decidido que mudaria de lado e se associaria à guerrilha contra o exército, tomou um caminhão do quartel de Quitaúna, em Osasco, onde servia, e o encheu com as metralhadoras e munições disponíveis para sua saída sumária. Resultado: o desertor fugiu do quartel dirigindo um caminhão carregado de armas para os guerrilheiros.
 
A ação de Lamarca se deu em 9 de maio de 1969, quando o capitão liderou um plano em dois polos em que os grupos entraram armados e renderam, simultaneamente, dois bancos na capital paulista: o Banco Mercantil de São Paulo e o Banco Itaú.
 
Os dois assaltos foram vitoriosos e a VPR conseguiu arrecadar fundos para manter o braço armado. Porém, a ação incluiu a baixa de um inocente: tentando impedir o assalto atacando o companheiro de Lamarca (sargento Darcy), o segurança do banco, Orlando Pinto Saraiva, foi abatido pelo capitão com dois tiros na nuca.
 
A ação de Lamarca marcou o início de um período de lutas e repressão nos centros urbanos do Brasil. São Paulo seria palco de diversos conflitos armados e assaltos a banco, na constante luta dos extremistas de esquerda contra o regime de exceção implantado pelos militares.
[Portal Aventuras na História]
 
A luta armada contra a ditadura militar brasileira consistiu em uma série de ações promovidas por diversos grupos de esquerda, especialmente entre 1968 e 1972, período marcado pelo endurecimento do regime. Embora tenha assumido um caráter de resistência, a maior parte dos grupos que integraram a luta armada não tinha como objetivo o retorno à ordem democrática anterior ao golpe militar, mas sim a realização de uma revolução socialista no Brasil, inspirando-se na Revolução Chinesa e na Revolução Cubana. Apesar de algumas ações realizadas entre 1965 e 1967, o confrontamento aprofundou-se após a proclamação do Ato Institucional nº 5 (AI-5) em 1968 e, com o acirramento do autoritarismo do regime militar, diversas organizações se convenceram de que somente o recurso às armas poderia derrubar a ditadura. Neste cenário, lançaram-se à luta armada dezenas de organizações, das quais destacaram-se a Ação Libertadora Nacional (ALN), o Comando de Libertação Nacional (COLINA), o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).
 
Embora almejassem iniciar a guerrilha rural, as organizações revolucionárias se notabilizaram por suas ações urbanas. Vistas como atos de propaganda armada da revolução, estas ações — que incluíam assaltos a agências bancárias e a carros pagadores, roubos de armamentos do Exército e, posteriormente, o sequestro de embaixadores e diplomatas com objetivo de trocá-los por presos políticos — serviam para arrecadar fundos para desencadear a guerrilha no campo e sustentar a infraestrutura clandestina destas organizações.
 
A guerrilha urbana, qualificada como terrorismo pelo governo ditatorial e pela imprensa do país, inicialmente surpreendeu o aparelho repressivo do Estado, que, no entanto, não tardou em aperfeiçoar-se e profissionalizar-se no combate aos guerrilheiros. Para isso, o alto comando militar iniciou a construção de uma estrutura policial e burocrática calcada na espionagem, na coleta de informações, em operações policiais voltadas à captura e ao interrogatório de opositores políticos do regime através do uso sistemático da tortura.
 
A despeito de seu sucesso inicial, as organizações revolucionárias foram caminhando para um crescente isolamento social, que piorou muito após a escalada repressiva e a campanha de desinformação perpetrada por alguns setores da ditadura, que chegaram a realizar atentados terroristas de bandeira falsa contra civis e militares, que foram efetuados por paramilitares ligados à autoridades do próprio governo federal, com a finalidade de erodir o apoio popular aos revoltosos e justificar o aprofundamento do autoritarismo. As ações armadas nas cidades duraram pouco tempo. De todas as organizações envolvidas na luta armada, apenas o PCdoB conseguiu promover efetivamente a guerrilha rural. O desmantelamento da guerrilha do Araguaia em 1974 marcou a desarticulação total da luta armada no Brasil, ao custo de centenas de mortos, exilados e desaparecidos durante a ditadura.
[Diversos]

III. Bolsonaro irá para a cadeia

Fato é que Bolsonaro tem que ser preso pelos crimes cometidos. Porém, o que acho até engraçado é a forma como a esquerda diz que ele será preso. Caríssimos, Bolsonaro não vai ‘cagar em um buraco’. Bolsonaro não vai ficar 27 anos preso. Bolsonaro deve ficar preso por uns dois anos e, depois, por causa da idade e por causa do estado de saúde, ficar em regime semiaberto. Mas, políticos como Erika Hilton, apesar de saberem disto, querem inflamar o seu gado como uma forma de dizer ‘Eu lutei contra o fascismo e venci!’, ‘A minha voz tem influência!’, dentre outros pensamentos para inflar seus eleitores.

IV. Direitos Humanos, ‘Povo negro’, ‘Comunidade LGBT’, ‘Povo indígena’
 
É engraçado como a esquerda se acha dona das pautas. ‘Nós defendemos os LGBTs, índios, pretos...’. Mas se algum preto, índio ou LGBT se disser de direita, provavelmente será tachado de ‘fascista’.

Outro ponto a se destacar é que eu não vejo esse famoso ‘Direitos Humanos’ quando bandidos matam policiais. E, pior: tem gente que comemora e diz ‘Mas é o risco que se tem quando a pessoa escolhe esta profissão!’.

E sobre o 'orgulho de ser preto', segue:


V. ‘Essa gente que carrega esse país nas costas não quer anistia, não quer PEC da bandidagem!’
 
Erika, você tem 50% de razão, até porque, tanto quem votou no Lula quanto quem votou em Bolsonaro carrega ‘esse país nas costas’. O grande problema deste discurso dela é que ele visa desumanizar uma parte da sociedade, e isto vem dos dois lados: ‘Se você votou no Lula, você é um comunista, maconheiro, pedóf*l0!’... ‘Se você votou em Bolsonaro, você é um fascista, homofóbico, racista, misógino!’. Este discurso é muito complicado, porque nós não sabemos o que se passa na cabeça das outras pessoas. Este discurso de ‘Fogo nos racistas’ pode influenciar pessoas ‘doentes’ a cometerem crimes, como foi o caso de Charlie Kirk.

VI. Eleições 2026

É óbvio que os políticos que estão por trás desta manifestação não estão preocupados com a corrupção e bandidagem. Eles já estão focando nas Eleições do próximo ano e, para isto, têm que fazer este circo para inflamar seus gados. Erika Hilton, provavelmente, não vai ficar 'só' como Deputada Federal. Assim como Nikolas Ferreira, é uma pessoa jovem, muito politizada, tem o poder da oratória, sabe se posicionar e tem projeto de poder.

VII. ‘Em 2026 não terá espaço para fascista!’

Ok. Concordo! Lugar de fascista é não ter lugar! Mas, o que é fascismo? O que é ‘ser fascista’? Se você segue algum político onde ele resume todos que discordam dele de ‘fascista’, cuidado! Ele só quer te manipular.

VIII. ‘Ocupamos a Paulista com a bandeira brasileira!’

Nikolas Ferreira e bolsonaristas são tão burros, que eles conseguiram passar para as mãos do PT e PSOL as pautas de anticorrupção e de defesa de soberania, pautas estas que eles sempre estiveram bem distantes.
 
SITES E LIVROS UTILIZADOS
  • Há exatos 51 anos, Carlos Lamarca comandava a primeira ação de guerrilha urbana contra a ditadura militar
https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/ha-exatos-51-anos-lamarca-comandava-primeira-acao-de-guerrilha-urbana-contra-ditadura-militar.phtml
  • Moniz Bandeira, Luiz Alberto (2009). De Martí a Fidel: A Revolução Cubana e a América Latina. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira
  • Napolitano, Marcos (2014). 1964: História do Regime Militar Brasileiro. São Paulo: Contexto
  • Reis, Daniel Aarão (2005). Ditadura militar, esquerdas e sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
  • Ridenti, Marcelo (1993). O fantasma da revolução brasileira. São Paulo: UNESP
  • Rollemberg, Denise (2007a). «Esquerdas revolucionárias e luta armada». In: Ferreira, Jorge; Delgado, Lucila de Almeida Neves (org.). O Brasil Republicano, vol. 4. O tempo da ditadura: regime militar e movimentos sociais em fins do século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. pp. 45–91

Rio de Janeiro, 22 de setembro de 2025
Raphael Paiva

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