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quinta-feira, 11 de setembro de 2025

TRUMP CULPA ESQUERDA RADICAL PELO ASSASSINATO DE CHARLIE KIRK E FOMENTA TEMORES DE ACIRRAMENTO DA VIOLÊNCIA POLÍTICA NOS EUA

Trump culpa esquerda radical pelo assassinato de Charlie Kirk e fomenta temores de acirramento da violência política nos EUA
 
Seguidores de presidente americano encaram morte de ativista ultraconservador como declaração de guerra. Kirk foi baleado no pescoço em evento em universidade de Utah na quarta (10).
 
Por Sandra Cohen
 
11/09/2025 09h09  Atualizado há 3 minutos


Mais do que um aliado do Donald Trump, o ativista ultraconservador Charlie Kirk era um devoto incondicional do presidente. Era ele quem carimbava o certificado de lealdade em entrevistas com candidatos a empregos no Pentágono e em agências de inteligência assim que o republicano foi eleito para o segundo mandato.
 
A dedicação lhe valia elogios públicos de Trump, que atribuía a Kirk, de 31 anos, a massa de votos de seguidores jovens que o ajudou a levá-lo de volta à Casa Branca. Com frequência, o influenciador, podcaster e expoente do movimento MAGA ("Façam os EUA grandes novamente", em inglês), conhecido pela retórica inflamada, com comentários racistas, homofóbicos e xenófobos, era incensado pelo presidente como um encantador de jovens.
 
Nesse contexto, não causou estranheza que Trump tenha responsabilizado a esquerda radical pelo assassinato brutal do ativista, nesta quarta-feira, enquanto discursava no campus da Universidade Utah Valley. O rápido pronunciamento divisivo do presidente levantou mais temores de acirramento da violência política que assombra os EUA.
 
“Durante anos, a esquerda radical comparou americanos maravilhosos como Charlie a nazistas e aos piores assassinos em massa e criminosos do mundo. Esse tipo de retórica é diretamente responsável pelo terrorismo que vemos em nosso país hoje, e precisa acabar agora mesmo”, decretou o presidente.
 
As reações ao assassinato de Charlie Kirk convergiam para a violência política e os crimes motivados por divergências ideológicas, atingindo tanto republicanos quanto democratas. “Nossa nação está quebrada. Nada do que eu diga pode nos unir como país”, atestou o governo republicano de Utah, Spencer Cox.

Já o governador democrata de Illinois, JB Pritzker, foi mais incisivo e culpou a retórica de Trump pela morte de Kirk, por criar condições que incentivem a violência política.
 
“Acho que a retórica do presidente frequentemente fomenta isso. Vimos os manifestantes de 6 de janeiro, que claramente desencadearam uma nova era de violência política. E o presidente? O que ele fez? Perdoou-os. Quero dizer, que tipo de sinal isso envia para as pessoas que querem perpetrar violência política? Não é um bom sinal”, ponderou Pritzker.
 
Para lembrar os casos mais recentes, Trump sofreu duas tentativas de assassinato durante a campanha eleitoral, o governador democrata da Pensilvânia, Josh Shapiro, teve a sua casa incendiada em abril passado, uma deputada estadual foi morta a tiros com o marido e outro ficou ferido em junho em Minnesota.
 
Enquanto as razões que levaram à morte de Charlie Kirk não são esclarecidas, o debate no país já está inflamado. Figuras proeminentes da direita radical compararam a morte do ativista a uma declaração de guerra.
 
“Estamos em guerra”, repetiu o apresentador de rádio e teórico da conspiração Alex Jones. “A esquerda está vindo com mais violência e mais ataques. E podemos imaginar o inferno que será se nos submetermos a eles”. Jones foi condenado a pagar US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,4 bilhões) às famílias de vítimas do atentado em Sandy Hook, por espalhar em seu canal que o atentado que matou 20 crianças em uma escola em 2012 era falso.
 
Considerada uma atuante conselheira informal de Trump, a influenciadora Laura Loomer advertiu: “Você pode ser o próximo. A esquerda é terrorista.”
 
Stewart Rhodes, fundador da milícia Oath Keeper, anunciou que o grupo seria reativado para fornecer proteção a figuras como Kirk. Condenado por conspiração sediciosa na invasão ao Capitólio, em janeiro de 2021, Rhodes teve a sentença comutada por Trump e sinalizou, como demais figuras da base do presidente, que está a postos para a retaliação.

Link da reportagem: https://g1.globo.com/mundo/blog/sandra-cohen/post/2025/09/11/assassinato-charlie-kirk-trump-fomenta-temores-acirramento-violencia-politica-eua.ghtml

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