É #FAKE mensagem que fala em mais de 20
óbitos em 24h por reações a vacinas registrados pela Anvisa
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
afirma que informação não é verdadeira e esclarece que os dados públicos de
notificações do uso de vacinas contra o coronavírus não indicam qualquer
relação com eventos adversos graves. 'Até o momento, não há nenhum caso de óbito
conhecido que tenha relação estabelecida com o uso das vacinas para Covid-19
autorizadas no país.'
Por Roney Domingos
02/03/2021 20h55 Atualizado há 3 meses
Procurada pelo G1, a Anvisa afirma que
"esta informação não é verdadeira" e que fez "uma nota a
respeito dessa distorção de dados".
A nota oficial da Anvisa afirma que
"os dados públicos de notificações do uso de vacinas para Covid-19 não
indicam qualquer relação das vacinas com eventos adversos graves ou óbitos no
país". "O uso de dados de forma descontextualizada ou sem a
interpretação técnica necessária pode levar a conclusões falsas."
O texto explica que "a avaliação
benefício-risco leva em conta um conjunto grande de informações e os registros
informados pelos usuários são apenas uma dessas fontes". "As outras
envolvem os relatórios de segurança das fabricantes, os sinais de segurança
gerados pelo modelo matemático da Organização Mundial de Saúde (OMS), a troca
de informações com outras autoridades regulatórias e a discussão em grupos de
especialistas."
"Até o momento, não há nenhum caso de
óbito conhecido que tenha relação estabelecida com o uso das vacinas para
Covid-19 autorizadas no país. As vacinas em uso no país são consideradas
seguras. Não houve alteração na relação de risco e benefício deste produto. Já
é esperado que pessoas venham a óbito por outros motivos de saúde e mesmo por
causas naturais, tendo em vista a taxa de mortalidade já conhecida para cada
faixa etária da população brasileira."
A nota da Anvisa diz ainda que "as
notificações sobre vacinas e medicamentos são enviadas à Anvisa principalmente
por profissionais e serviços de saúde, além dos próprios fabricantes que são
obrigados a comunicar os eventos suspeitos e que possam ser graves".
"Estes dados são utilizados pela Anvisa como subsídio para o seu processo
de monitoramento. Como são dados notificados por terceiros, eles são
considerados de menor evidência científica e servem apenas como sinalizadores
para o trabalho de monitoramento da Anvisa. A análise completa envolve os
processos mencionados anteriormente."
Professor da Faculdade de Ciências Médicas
da Santa Casa de São Paulo e integrante da Comissão de Epidemiologia da Abrasco
(Associação Brasileira de Saúde Coletiva), José Cássio de Moraes aponta que as
pessoas que estão sendo vacinadas pertencem ao grupo de maior risco por serem
idosas.
"Dados de 2019 mostram que no Brasil
morrem por dia 1.123 idosos com 80 anos ou mais, ou seja, 46 por hora. A cada
dia de vacinação, morrem mais de mil pessoas por outras causas. Portanto, uma
associação temporal com a vacinal é esperada. A vacina da Covid não elimina a
mortalidade por todas as causas. As características das vacinas disponíveis no
Brasil não causam óbito."
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