Express Yourself

Express Yourself
EXPRESS YOURSELF! DON'T BACK DOWN! “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.” [1 TIMÓTEO 01:15]

quinta-feira, 20 de março de 2025

TBT | CONDENAÇÃO DE LULA NA 2ª INSTÂNCIA – VICTOR LUIZ DOS SANTOS LAUS

Condenação de Lula na 2ª instância: veja as provas que basearam a decisão do TRF-4
 
Em decisão unânime, desembargadores mantiveram a condenação e aumentaram para 12 anos e 1 mês a pena do ex-presidente no caso do triplex em Guarujá.
 
Por G1 — São Paulo
 
24/01/2018 19h05  Atualizado há 7 anos


A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) manteve nesta quarta-feira (24) a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex em Guarujá (SP) e aumentou a pena para 12 anos e 1 mês de prisão.
 
Em julho de 2017, Lula havia sido condenado pelo juiz da Lava Jato na primeira instância, Sérgio Moro, a 9 anos de 6 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro e recorreu da sentença.
 
Para os três desembargadores do TRF-4, há provas de que Lula recebeu propina da construtora OAS por meio da entrega do triplex e reformas no imóvel.
 
A defesa do ex-presidente afirma que o julgamento foi "político" e que houve cerceamento de defesa. "Não foi feita prova pericial, e isso acarreta na nulidade do processo", disse o advogado Cristiano Zanin.
 
Veja, abaixo, as provas e os argumentos citados nos votos de cada um dos três desembargadores que julgaram o recurso de Lula:
 
VICTOR LUIZ DOS SANTOS LAUS
Terceiro desembargador a votar acompanha voto dos colegas
 
Resumo das provas e argumentos citados no voto do desembargador
 
Laus acompanhou o voto do relator e destacou:
  • Provas documentais da adesão do casal Lula a financiamento de imóvel no empreendimento;
  • Depoimentos de Leo Pinheiro e Agenor Fraklin;
  • Testemunhos de funcionários da OAS e da Petrobras;
  • Laus disse que Lula tinha ciência dos fatos que aconteciam na Petrobras e que ex-presidente "perdeu o rumo" no cargo;
  • Laus falou que as provas apresentadas pelo MPF eram consistentes porque resistiram ao contraditório da defesa.

Detalhes das provas e argumentos citados no voto de Laus:
 
1. Provas documentais
 
Laus afirmou que as provas documentais apresentadas pelo MPF mostram que é "fato incontroverso que Lula e sua falecida esposa tinham um imóvel nesse condomínio". Ele afirmou ainda que, para o casal, não foi necessário seguir as regras dos demais cooperados.
 
"Abre-se, diante desse fato, uma janela que sugere a questão da vinculação ou propriedade de fato, como se queira, desse apartamento triplex ao casal Lula", disse Laus.
 
Outro grupo de provas, afirmou o desembargador, diz respeito ainda "à acusação que foi ocultada pelo casal Lula a propriedade, seja formal ou informal, desse mesmo apartamento". "Existe todo um elenco de documentos que vão nesta linha. Isso são provas que chamamos materiais", afirmou.
 
2. Depoimentos de testemunhas
 
O desembargador disse ter lido todos os depoimentos do processo de funcionários da OAS e da Petrobras e que "na ampla maioria foram depoimentos convergentes e harmônicos entre si".
 
"Ou seja, uma a uma cada testemunha foi acrescentando um ponto. Como se fosse um tijolo no muro, cada um foi acrescentando um tijolo a esse muro", disse.
 
3. Depoimento de Leo Pinheiro e Agenor Franklin
 
O desembargador disse que os depoimentos dos dois réus do processo, que "assumiram uma postura cooperativa", encontram correspondência com as provas documentais.
 
4. Ciência dos fatos
 
Em seu voto, Laus afirmou que Lula tinha "ciência dos fatos" do que acontecia em seu entorno e que deveria ter "tomado providências". "Em algum momento alguém perdeu o rumo das coisas e passou a não compreender suas atribuições. Me refiro ao ex-presidente", disse ao proferir o voto.
 
5. Provas consistentes
 
Para Laus, as provas apresentadas pelo MPF no caso do triplex eram proeminentes e se mostraram consistentes ao resistirem ao contraditório da defesa. "O que temos ao longo do processo é que essas provas se tornaram absolutamente verossímeis. Resistiram diantes das críticas da defesa", afirmou.
 
"Fossem elas frágeis, não teriam resistido a esse embate. Se resistiram, mostrou comprovada a acusação que veio a juízo", completou.
 

Nenhum comentário: