INVASÃO
NA CÂMARA CAUSA TUMULTO E DEIXA 24 FERIDOS
06/06/2006
- 19:23
Depredação,
pânico e 24 pessoas feridas, uma delas em estado grave, foram o saldo deixado
nesta terça-feira na Câmara pela invasão de cerca de 400 manifestantes do
Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), uma dissidência do MST. O
Departamento de Polícia Legislativa (Depol) da Câmara deteve diversos
manifestantes, entre eles um dos líderes do movimento, Bruno Maranhão. A prisão
havia sido decretada pelo presidente Aldo Rebelo, logo após a invasão das
dependências da Casa.
Violência
Depois
de virarem um automóvel Fiat Uno no estacionamento do anexo 2, os
manifestantes, munidos de paus e pedras, quebraram a porta de vidro do anexo e
entraram na Câmara destruindo vários equipamentos, os postos informatizados de
atendimento ao público, a exposição da EcoCâmara e a porta de vidro da
Taquigrafia. Houve início de pânico entre os servidores e visitantes que
estavam no local. O grupo ocupou o Salão Verde por pouco mais de uma hora,
tentando uma audiência com o presidente Aldo Rebelo.
Feridos
Os
feridos - servidores, funcionários terceirizados da recepção, policiais
militares e do Depol, e sem-terra - foram atendidos no ambulatório do
Departamento Médico. O caso mais grave é o do operador de Apoio Logístico do
Depol, Normando Fernandes, que está internado na UTI de um hospital de Brasília
em razão de afundamento craniano frontal esquerdo e edema cerebral.
Reforma
Agrária
Na
justificativa dos manifestantes, a violência foi um desdobramento da repressão
policial que eles teriam sofrido na chegada ao Congresso Nacional. Nesta
terça-feira, segundo o militante Bruno Maranhão, terminaria uma marcha para
entregar uma carta com reivindicações aos presidentes da Câmara e do Senado.
"Era um movimento pacífico, mas a polícia nos agrediu. Tivemos que
reagir", afirmou Maranhão.
Durante
o tempo em que permaneceram no Salão Verde, os manifestantes pediram a
revogação da MP 2183/01, editada ainda no Governo Fernando Henrique Cardoso. A
medida estabelece que toda propriedade ocupada fica impedida de ser vistoriada
para a reforma agrária. Para a deputada Perpétua Almeida (PCdoB-AC), havia
pessoas infiltradas no grupo. "É claro que há gente infiltrada, pois esses
manifestantes até agora não apresentaram uma liderança e sabem que aqui também
há deputados com quem podem contar", afirmou.
Da
Redação - RN
(Reprodução
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JPJ
Fonte:
Agência Câmara de Notícias
Invasão
na Câmara causa tumulto e deixa 24 feridos
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