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segunda-feira, 24 de março de 2025

GABRIEL MONTEIRO SOLTO III – ACUSAÇÕES DE ABUSO SEXUAL

GABRIEL MONTEIRO SOLTO III
ACUSAÇÕES DE ABUSO SEXUAL

Rio
 
Gabriel Monteiro: de indisciplina na PM a acusações de abuso e ‘TV por assinatura’ própria; relembre as polêmicas
 
Agora em liberdade, ex-vereador ainda responde a pelo menos três ações penais e é réu em processos cíveis por danos morais relacionados a vídeos publicados em suas redes sociais
 
Por O Globo — Rio de Janeiro
 
24/03/2025 04h30  Atualizado agora

Gabriel Monteiro deixou na última sexta-feira prisão em que estava desde 2022 — Foto: Gabriel de Paiva
 
Em liberdade desde a noite de sexta-feira, o ex-vereador Gabriel Monteiro acumula uma trajetória marcada por polêmicas. Antes de ingressar na política, ele atuou na Polícia Militar, onde recebeu diversas punições por infrações disciplinares. Já como parlamentar, teve o mandato cassado por quebra de decoro. Após ter os vídeos publicados no YouTube desmonetizados, ele chegou a criar um serviço próprio de 'TV por assinatura', chamado "Gabriel Monteiro TV". Agora fora da penitenciária, Monteiro ainda responde a pelo menos três ações penais por crimes como estupro e assédio sexual. Além disso, é réu em processos cíveis por danos morais relacionados a vídeos publicados em suas redes sociais. Em pelo menos dez ações, foi condenado a pagar R$ 242 mil em indenizações por "pegadinhas" e gravações feitas em unidades de saúde durante seu mandato.
 
QUEM É GABRIEL MONTEIRO?
Gabriel Monteiro ficou famoso nas redes sociais por denunciar supostos esquemas de corrupção e defender o governo Bolsonaro em 2020. A fama online o catapultou da Polícia Militar, onde tinha uma ficha marcada pela indisciplina, para a política. Ex-integrante do grupo de direita Movimento Brasil Livre (MBL), com o qual rompeu por causa das ações polêmicas como youtuber, foi o terceiro vereador mais votado do Rio em 2020 pelo PSD (depois foi para o PL), com 60.326 votos, ficando atrás apenas de Carlos Bolsonaro (então integrante do Republicanos, hoje no PL), com 71 mil votos, e Tarcísio Motta (PSOL), com 86.243.
 
Como estava na PM há menos de dez anos, Gabriel Monteiro teve de pedir demissão da corporação para assumir o cargo. Em agosto de 2022, teve o mandato de vereador do Rio cassado, por 48 votos a dois, por quebra de decoro parlamentar.
 
Enquanto esteve na PM, em menos de quatro anos na corporação, cometeu 16 transgressões disciplinares. Por 14 delas recebeu, no total, penalidades que somam 33 dias de detenção. Em outros dois casos, foi punido com repreensão. Devido às transgressões, foi classificado como um PM com “mau comportamento”, a pior das cinco classificações do estatuto da corporação. Ele chegou a ser demitido da corporação, mas conseguiu a reintegração na Justiça.
 
O soldado chegou a ser punido duas vezes por fatos ocorridos no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), quando ainda era aluno da PM e estava longe de ser um figura conhecida na internet. Em sua primeira punição, em agosto de 2016, foi acusado de ter descumprido a ordem de um oficial e cumpriu dois dias de detenção. Ainda segundo sua ficha disciplinar, em outras duas ocasiões — em março de 2018 e em janeiro de 2019 —, quando já era soldado, o youtuber foi flagrado portando a arma da PM sem que estivesse de serviço e sem autorização.
 
Ele também foi punido oito vezes por ter faltado ao serviço. Na metade dos casos, tinha sido escalado para integrar cercos à favela da Rocinha. Uma das confusões em que se envolveu ocorreu em 2019, quando ainda era PM. Ele invadiu e foi expulso da Câmara de Vereadores do Rio porque queria protestar contra um evento organizado por Tarcísio Motta (PSOL) em homenagem à China.
 
ACUSAÇÕES DE ABUSO SEXUAL
No início de 2022, o vereador se envolveu em mais uma confusão ao acusar um empresário de tentar suborná-lo para não fiscalizar as instalações da empresa que prestava serviços de reboque e de depósito de veículos para a prefeitura. Logo depois, uma reportagem do "Fantástico", da TV Globo, exibiu depoimentos de ex-funcionários que o acusaram de manipulação de vídeos, inclusive com menores de idade, e de mulheres que acusaram o vereador de estupro e abuso sexual.
 
Dias depois, começaram a circular vídeos nas redes sociais em que Gabriel aparece supostamente fazendo sexo com diversas mulheres. Um deles com uma adolescente de 15 anos que frequentou a casa de Gabriel por dez meses e era recebida ao som da trilha do infantil ''A Galinha Pintadinha''. Gabriel afirma que acreditava que a garota tinha 18 anos, mas o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) define como crime filmar relações sexuais com menores.
 
Em meio às investigações do Conselho de Ética, a Câmara do Rio aprovou uma resolução que afetou os rendimentos extras de Monteiro. Ele não pôde mais monetizar vídeos que estivessem relacionados com sua atividade de parlamentar nem usar a estrutura da Câmara do Rio para isso.
 
As acusações que pesaram contra Gabriel incluíram o fato de expor menores em situações sensíveis e as identificando nas redes sociais. A mesma tese se aplica a outro vídeo em que Gabriel orienta uma criança de doze anos sobre como proceder para a família receber doações em dinheiro. Havia também a denúncia de agressões contra um morador de rua por parte de um segurança durante a produção de um vídeo na Lapa.
 

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