Trump quer pena de morte para quem matar policial
Presidente dos Estados Unidos pediu que os congressistas
transformem a política em lei permanente
PODER360 5.mar.2025 (quarta-feira) - 5h31
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido
Republicano), exortou o Congresso norte-americano a aprovar a pena de morte
para quem matar policiais. A declaração foi dada pelo republicano durante seu
discurso em sessão conjunta da Câmara dos Representantes e do Senado na 3ª
feira (4.mar.2025).
“Eu já assinei um decreto pedindo a pena de morte
obrigatória para qualquer um que assassinar um policial, e esta noite eu estou
pedindo ao Congresso que torne essa política uma lei permanente”, afirmou
Trump.
O presidente se referiu ao decreto “Restaurar a pena de
morte e proteger a segurança pública”. O texto não exige a pena de morte, mas
instrui o chefe do DOJ (Departamento de Justiça dos EUA) a, sempre que possível
e em acordo com a lei, aplicar essa penalidade para assassinos de policiais.
O decreto, assinado por Trump em 20 de janeiro, inclui a
defesa da pena de morte também para crimes capitais cometidos por “um
estrangeiro presente ilegalmente” nos EUA.
Stephanie Diller, mulher de Jonathan Diller, policial
morto em Long Island em 2024, esteve presente no Congresso durante o discurso
de Trump. “Stephanie, nós vamos garantir que Ryan saiba que o seu pai foi um
verdadeiro herói, o melhor de Nova York, e vamos tirar das nossas ruas esses
assassinos de sangue-frio e infratores reincidentes e vamos fazer isso rápido.
Temos que parar com isso”, disse.
Trump defendeu, durante o seu discurso, um novo projeto
de lei que aplique penas mais pesadas contra infratores reincidentes e aumente
a proteção dos policiais norte-americanos. Contudo, ele não deu detalhes de
como pretende fazer isso. “Os policiais não querem ser mortos. Não vamos
permitir que eles sejam mortos”, declarou.
No mesmo discurso, o presidente dos EUA pediu união aos
democratas, que o vaiaram e o interromperam. O presidente da Câmara, Mike
Johnson (Partido Republicano), teve de intervir. Pediu ordem e ameaçou acionar
a segurança para retirar quem causasse mais perturbações durante o discurso.
O deputado pelo Texas Al Green (Partido Democrata) foi
expulso do local depois de gritar que Trump não tinha um mandato e por
permanecer em pé.
O presidente dedicou parte de seu discurso para criticar
as ações dos democratas, que, além de o vaiarem, levantaram placas com
mensagens como “salvem o Medicaid”, “isso é uma mentira” e “Musk rouba”.
ATTORNEY GENERAL
O cargo de “attorney general” nos Estados Unidos não tem
um equivalente exato no Brasil. É um erro traduzir apenas de maneira literal e
dizer que se trata do procurador-geral.
Nos EUA, o “attorney general” comanda o DOJ, que tem
funções similares, mas não idênticas, às do Ministério da Justiça brasileiro.
Além disso, o titular do DOJ também representa o governo
norte-americano em assuntos jurídicos e, quando solicitado, dá conselhos e
emite pareceres para a Casa Branca e outros ministérios. Em determinadas
situações, o “attorney general” pode ainda realizar sustentações orais perante
a Suprema Corte dos EUA.
O cargo de “attorney general” também acumula algumas
funções que, no Brasil, são atribuídas ao procurador-geral da República e ao
advogado-geral da União, embora a distribuição de responsabilidades não seja a
mesma.
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