terça-feira, 6 de outubro de 2020

Bolsonaro diz em SP que próxima indicação ao STF será de um pastor

Bolsonaro diz em SP que próxima indicação ao STF será de um pastor
 
O presidente chamou de "precipitado" quem o criticou por não ter indicado um ministro evangélico para a vaga de Celso de Mello, que deixa o STF em 13 de outubro para se aposentar. De acordo com Bolsonaro, "se Deus quiser, nós teremos lá dentro um pastor" na indicação que ocorrerá em julho de 2021.
 
Por TV Globo e G1 SP — São Paulo
 
05/10/2020 22h50  Atualizado há 38 minutos

O presidente Jair Bolsonaro durante culto na Assembleia de Deus do Belenzinho, Zona Leste de SP, nesta segunda-feira (5). — Foto: Reprodução/Redes Sociais
 
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou na noite desta segunda-feira (5) em São Paulo que a próxima indicação dele ao Supremo Tribunal Federal (STF) deve será um pastor evangélico.
 
Ele participou de um culto de aniversário do pastor Wellington Bezerra da Costa, presidente das Igrejas Evangélicas Assembleia de Deus do Brasil, no bairro do Belenzinho, Zona Leste de São Paulo.
 
No evento, Bolsonaro chamou de "precipitado" quem o criticou por não ter indicado um ministro evangélico para a vaga de Celso de Mello, que deve deixar o STF na próxima terça-feira (13), para se aposentar.
 
"Vamos ter no STF um ministro terrivelmente evangélico. Agora mais ainda. Alguns um pouco precipitados achavam que devia ser a primeira vaga, que acabei de indicar. A segunda vaga, que será [indicada] em julho do ano que vem, com toda certeza, mais que terrivelmente evangélico, se Deus quiser nós teremos lá dentro um pastor", afirmou.
 
"Imaginemos as sessões daquele Supremo Tribunal Federal começarem com uma oração. Tenham certeza de uma coisa: isso não é mérito meu. É a mão de Deus", completou Bolsonaro.
 
Primeira vaga
O indicado de Bolsonaro para a vaga de Celso de Mello foi o desembargador Kassio Nunes Marques, de 48 anos, de acordo com publicação do "Diário Oficial da União" na última sexta-fera (2). A indicação já havia sido anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro um dia antes na internet.
 
Marques é, atualmente, desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que tem sede em Brasília.
 
Após a publicação do nome de Marques, o desembargador ainda terá de passar por sabatina no Senado Federal e precisará ter o nome aprovado em plenário, pela maioria absoluta dos senadores, para assumir a vaga. O rito é definido pela Constituição Federal.
 
Exames em São Paulo
O presidente Jair Bolsonaro veio a São Paulo nesta segunda-feira (5) para realizar exames no hospital Albert Einstein, na Zona Sul da capital paulista. Após a consulta, o Hospital Albert Einstein divulgou um boletim médico citando a "ausência de cálculos" e as "excelentes condições clínicas" do presidente.
 
"O Presidente da República Jair Bolsonaro foi submetido à avaliação médica multiprofissional na tarde desta segunda-feira, no Hospital Israelita Albert Einstein. O presidente encontra-se no décimo dia de pós-operatório, assintomático e em excelentes condições clínicas. A ultrassonografia evidenciou o completo esvaziamento da bexiga e ausência de cálculos", afirmou o documento assinado pelos médicos Leandro Santini Echenique, Leonardo Lima Borges e Miguel Cendoroglo.
 
Bolsonaro esteve no mesmo hospital em 24 de setembro para fazer uma cirurgia na bexiga, que foi realizada no dia seguinte, 25 de setembro, para a retirada de um cálculo vesical, que é uma pedra que se acumula na bexiga. A cirurgia durou cerca de 1 hora de 30 minutos, e o cálculo foi totalmente removido, segundo o hospital. O presidente teve alta hospital no dia 26 de setembro.
 
No Aeroporto de Congonhas, Bolsonaro se encontrou com o deputado federal e candidato à Prefeitura de São Paulo Celso Russomanno (Republicanos).
 
Cirurgias
Segundo o primeiro boletim médico divulgado após o término da cirurgia, Bolsonaro "foi submetido à intervenção cirúrgica de Cistolitotripsia endoscópica para a retirada de cálculo da bexiga". "O procedimento foi realizado sem intercorrências", diz o boletim.
 
Em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada no último dia 1º, Bolsonaro disse que tinha o cálculo há mais de cinco anos.
 
Desde que sofreu uma facada durante um ato de campanha em Juiz de Fora, em setembro de 2018, Bolsonaro já foi submetido a cinco cirurgias, quatro delas relacionadas ao ferimento, além de uma vasectomia feita em janeiro deste ano. A necessidade da operação que deve ser realizada em São Paulo nos próximos dias já havia sido mencionada pelo presidente anteriormente, em setembro.
 
Veja um resumo dos procedimentos aos quais Bolsonaro foi submetido desde a campanha:
 
  • 6 de setembro de 2018 – Bolsonaro leva a facada e faz primeira cirurgia em hospital de Juiz de Fora (MG)
  • 12 de setembro de 2018 – Em São Paulo, Bolsonaro passa por uma segunda cirurgia para desobstrução do intestino
  • 28 de janeiro de 2019 – Bolsonaro realiza cirurgia para retirada da bolsa de colostomia colocada após facada
  • 8 de setembro de 2019 – Para corrigir uma hérnia na cicatriz de uma operação anterior, Bolsonaro é submetido a uma nova cirurgia
  • 30 de janeiro de 2020 – Bolsonaro é internado em Brasília para exames e faz uma vasectomia, procedimento utilizado por homens que não desejam mais ter filhos; o Planalto não emitiu nota oficial confirmando a operação.
  • 25 de setembro de 2020 – foi submetido à intervenção cirúrgica de Cistolitotripsia endoscópica para a retirada de cálculo da bexiga.
 

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