Express Yourself

Express Yourself
EXPRESS YOURSELF! DON'T BACK DOWN! “Esta é uma palavra fiel, e digna de toda a aceitação, que Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal.” [1 TIMÓTEO 01:15]

quarta-feira, 19 de novembro de 2025

VEJA O QUE PODE MUDAR COM O PROJETO ANTIFACÇÃO, APROVADO PELA CÂMARA

Veja o que pode mudar com o Projeto Antifacção, aprovado pela Câmara
 
Texto ainda precisa passar pelo Senado e pela sanção do presidente Lula antes de virar lei. Projeto aumenta penas, cria novos crimes, amplia mecanismos de investigação e estabelece regras especiais para líderes de facções.
 
Por Paloma Rodrigues, Kevin Lima, TV Globo e g1 — Brasília
 
19/11/2025 00h00  Atualizado há uma hora


A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (18), por 370 votos a 110, o chamado Projeto Antifacção, que cria um novo marco legal para o enfrentamento de organizações criminosas.
 
O projeto foi enviado pelo governo federal em outubro. A relatoria ficou com o deputado Guilherme Derrite (Progressistas-SP), secretário licenciado de Segurança Pública de São Paulo, escolha que gerou incômodo no Planalto. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), foi quem atribuiu a função ao deputado.
 
A tramitação foi marcada por tensão entre governo e oposição. Lideranças governistas criticaram mudanças propostas por Derrite, enquanto opositores cobraram endurecimento maior do texto.
 
O texto aprovado aumenta penas, cria novos crimes, amplia mecanismos de investigação e estabelece regras especiais para líderes de facções.
 
O projeto ainda passar pelo Senado e pela sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) antes de virar lei.
 
O QUE DIZ O PROJETO
O texto trata de “organizações criminosas, paramilitares ou milícias privadas” que atuem com violência ou grave ameaça. O relator introduziu ainda o conceito de “organização criminosa ultraviolenta”, que concentra as punições mais duras.
 
O governo, porém, criticou a ausência da expressão “facções criminosas” na redação final e afirmou que buscará a votação para a inclusão deste trecho separadamente.
 
Entre os pilares, está o aumento de pena em crimes praticados por essas organizações, que poderá chegar a 40 anos.
 
AUMENTO DE PENAS E NOVOS TIPOS PENAIS
O texto prevê:
  • penas de 20 a 40 anos para ações de facções ultraviolentas;
  • novos crimes, como novo cangaço, domínio territorial, uso de explosivos, armas pesadas, drones e ataques contra infraestrutura essencial;
  • agravante para crimes ligados a garimpo ilegal.
 
A proposta também dificulta a progressão de regime para membros dessas organizações.
 
REGRAS MAIS RÍGIDAS PARA PROGRESSÃO DE PENA
A progressão poderá exigir 70%, 75%, 80% ou até 85% do cumprimento da pena, dependendo da gravidade e da reincidência.
 
Hoje, em crimes hediondos, o percentual costuma ser menor.
 
PRESÍDIO FEDERAL OBRIGATÓRIO PARA LIDERANÇAS
O texto determina que chefes de organizações criminosas cumpram pena em presídios federais de segurança máxima, com o objetivo de interromper comunicações ilícitas e reduzir o poder de comando dentro do sistema prisional.
 
NOVOS INSTRUMENTOS DE INVESTIGAÇÃO
O projeto prevê:
  • monitoramento audiovisual de parlatórios, inclusive em contato com advogados em hipóteses excepcionais e sob ordem judicial;
  • ampliação de buscas, quebras de sigilo, operações encobertas;
  • audiências e atos processuais por videoconferência.
 
O texto mantém intactas as atribuições da Polícia Federal e não altera a Lei Antiterrorismo — pontos que eram alvo de críticas do governo quando constavam em versões anteriores.
 
REGRAS DE CONFISCO E ALIENAÇÃO DE BENS
O projeto cria mecanismos mais duros para atacar o patrimônio das facções, como:
  • bloqueio imediato de contas, bens e criptoativos;
  • alienação antecipada ainda na fase da investigação;
  • possibilidade de intervenção judicial em empresas usadas por organizações criminosas.
 
Esse é um dos pontos que geraram maior atrito entre governo e relator.
 
DIVERGÊNCIAS: GOVERNO VÊ RISCO DE 'DESCAPITALIZAÇÃO' DA PF
Mesmo com negociações, líderes da base afirmam que o texto ainda reduz recursos da Polícia Federal e da União, especialmente na divisão dos valores confiscados de facções.
 
Segundo integrantes da articulação, Derrite reforçou o Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), mas manteve a regra de rateio quando houver operações conjuntas entre PF e forças estaduais — o que, para o governo, pode tirar recursos de fundos federais como o Funad (Fundo Nacional Antidrogas).
 
Para tentar reverter o cenário, o PT apresentou um destaque que buscava retomar a redação original do governo. Mas esse destaque foi rejeitado.
 
TENTATIVA DE EQUIPARAÇÃO AO TERRORISMO É BARRADA
A oposição tentou, na votação em plenário, incluir um destaque para equiparar facções criminosas ao terrorismo. O presidente Hugo Motta, que sempre se posicionou contra essa equiparação, barrou o pedido.
 
O governo também era contrário. Para o Planalto, a mudança poderia abrir brecha para interferência externa em políticas de segurança pública.
 
PRESERVAÇÃO DA ESTRUTURA DA PF
Outro ponto de atrito era a proposta inicial de Derrite que mexia nas atribuições da Polícia Federal. A PF temia perder autonomia.
 
O relator recuou e a versão aprovada não altera essas competências.
 
Link da reportagem: https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/11/19/veja-o-que-pode-mudar-com-o-projeto-antifaccao-aprovado-pela-camara.ghtml

VEJA O QUE PODE MUDAR COM O PROJETO ANTIFACÇÃO, APROVADO PELA CÂMARA
https://rafresco.blogspot.com/2025/11/veja-o-que-pode-mudar-com-o-projeto.html
 
PROJETO ANTIFACÇÃO – COMO VOTOU CADA DEPUTADO E CADA PARTIDO
https://rafresco.blogspot.com/2025/11/projeto-antifaccao-como-votou-cada.html

Nenhum comentário: