PF
conclui inquérito da Abin paralela e indicia Bolsonaro, Carlos Bolsonaro,
Ramagem e diretor da agência
Esquema
envolvia espionagem ilegal de pessoas consideradas pelo governo anterior como
adversárias. Para investigadores, Ramagem montou o esquema, Carlos Bolsonaro
era o chefe do gabinete do ódio – que usava as informações para atacar
publicamente os alvos – e Bolsonaro era o beneficiário. Atual cúpula da Abin
foi implicada por obstruir as investigações.
Por
Daniela Lima, Matheus Moreira — São Paulo
17/06/2025
08h50 Atualizado há 21 minutos
A
Polícia Federal concluiu a investigação sobre um suposto esquema de espionagem
montado na Abin durante o governo Jair Bolsonaro (PL).
O
relatório final pede o indiciamento do ex-presidente, do vereador Carlos
Bolsonaro (Republicanos), filho dele, do deputado federal Alexandre Ramagem
(PL-RJ), que chefiou o órgão na administração anterior e até de integrantes da
agência no governo Lula (PT), por obstrução de Justiça.
Luiz
Fernando Corrêa, atual diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin) e
delegado de Polícia Federal, está entre os implicados pela apuração.
Ao
todo, 35 pessoas foram indiciadas.
Para
a PF,
- Ramagem, que foi diretor da Abin sob Bolsonaro, estruturou o esquema de espionagem ilegal de pessoas consideradas pelo governo do ex-presidente como adversárias.
- Carlos é apontado como o chefe do gabinete do ódio, que usava as informações obtidas ilegalmente para atacar publicamente os alvos por meio das redes sociais.
- Bolsonaro, segundo os investigadores, sabia e se beneficiava do esquema.
- Já a atual direção da Abin teria agido para obstaculizar as apurações, que se desenrolaram sob o atual governo.
As
investigações indicaram que policiais, servidores e funcionários da Abin
formaram uma organização criminosa para monitorar pessoas e autoridades
públicas, invadindo celulares e computadores durante a gestão Bolsonaro.
Os
servidores da Abin usavam instrumentos adquiridos pela agência durante os
governos Bolsonaro e Michel Temer (MDB) para coletar ilegalmente informações e
alimentar o gabinete do ódio.
Entre
os alvos da espionagem estavam autoridades do Judiciário, Legislativo e
Executivo, além de jornalistas.
O
ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) estaria entre
os alvos do grupo.
Além
dele, os ex-presidentes da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo
Maia, além do senador Renan Calheiros (MDB-AL), entre outros.
O
QUE DIZEM OS CITADOS
O
blog tenta contato com os demais citados.
PF
QUER REFORMA NA ABIN
Segundo
o blog apurou, a PF entende que a espiongem ocorrida durante o governo
Bolsonaro e a tentativa de obstrução ocorrida na atual gestão reforçam a
defesa, feita por uma ala da corporação de que a Abin precisa passar por uma
reforma.
Para
os investigadores, a agência de inteligência está operando de maneira
indiscriminada, sem controle e sem qualquer respaldo.
PF
conclui inquérito da Abin paralela e indicia Bolsonaro, Carlos Bolsonaro,
Ramagem e diretor da agência
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