domingo, 4 de outubro de 2020

Candidatos de SP citam dados falsos e distorcem fatos

ELEIÇÕES

Candidatos de SP citam dados falsos e distorcem fatos

'Estadão Verifica' checou temas como votação da Lei da Ficha Limpa e rombo no orçamento da Prefeitura de São Paulo

Alessandra Monnerat e Bruno Ribeiro

2 OUT    2020       00h48atualizado às 07h48

A candidata a prefeita de São Paulo, Joice Hasselmann (PSL), participa o debate promovido pela Band TV com os demais postulantes ao cargo, na noite desta quinta-feira (1º), na sede da emissora, no bairro do Morumbi, na região sudoeste da capital paulista.
Foto: MISTER SHADOW/ASI / Estadão

No debate de TV Band, o candidato do Republicanos a prefeito de São Paulo, Celso Russomanno, foi acusado pela adversária do PSL, Joice Hasselmann, de ter votado contra a Lei da Ficha Limpa, o que não é verdadeiro, de acordo com checagem do Estadão Verifica. A lei que impede candidatos condenados por crimes de corrupção de disputar eleições foi aprovada na Câmara em maio de 2010. Dos 388 deputados que votaram, apenas um foi contra - Marcelo Melo (MDB-GO), que alegou ter apertado o botão por engano.
 
Candidato à reeleição, o prefeito Bruno Covas (PSDB) voltou a falar no debate sobre um "rombo" de R$ 7 bilhões no orçamento da cidade deixado, segundo o tucano, pelo petista Fernando Haddad. No entanto, pela prestação de contas de 2016, publicada no Diário Oficial no ano seguinte, informa que a disponibilidade de caixa, na verdade, era positiva, com R$ 5,3 bilhões de saldo.
 
A informação incorreta teve origem em uma declaração feita pelo ex-prefeitoJoão Doria(PSDB), que mencionou o valor ao contabilizar recursos federais listados no orçamento para a realização de obras, especialmente do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que não foram transferidos.
 
Já o candidato Orlando Silva (PCdoB) disse que, se for eleito, no primeiro dia de governo vai revogar o Sampaprev, a reforma da Previdência municipal, aprovada na atual gestão. Um prefeito, porém, não tem poder para revogar uma lei aprovada pela Câmara Municipal. Para fazer isso, ele tem de enviar à Câmara Municipal um novo projeto de lei.
 

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